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"Ninguém vai proibir que Brasil aprimore relação com a China", diz Lula em reunião com Xi Jinping

Declaração acontece após pressão dos Estados Unidos para Brasil deixar gigante de tecnologia chinesa Huawei de fora de licitações

14 abr 2023 - 07h38
(atualizado às 07h59)
Lula está em visita oficial à China
Lula está em visita oficial à China
Foto: Ricardo Stuckert / BBC News Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta sexta-feira (14/04) que "ninguém vai proibir o aprimoramento" das relações entre o Brasil e a China.

A declaração foi feita no início do encontro do brasileiro com o presidente chinês, Xi Jinping, em Pequim.

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"Ontem (quinta-feira, 13/4), fizemos uma visita à Huawei numa demonstração de que nós queremos dizer ao mundo que não temos preconceito na nossa relação como os chineses e que ninguém vai proibir que o Brasil aprimore sua relação com a China", disse Lula a Xi Jinping.

A declaração de Lula acontece em meio ao recrudescimento das relações entre a China e os Estados Unidos e à pressão dos americanos sobre empresas chinesas de tecnologia.

Nos últimos anos, a pressão atingiu a Huawei, que é uma das maiores empresas chinesas.

Em 2022, o governo americano proibiu a importação de equipamentos de telecomunicação produzidos por diversas empresas chinesas, entre elas a Huawei. Os Estados Unidos alegam que haveria riscos "inaceitáveis" à segurança nacional.

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Entre 2019 e 2021, os Estados Unidos pressionaram, nos bastidores, o governo brasileiro a não aceitar a participação da Huawei na licitação para a construção da rede que forneceria a tecnologia 5G, da qual a empresa chinesa é líder.

Lula disse defender uma parceria geopolítica com a China para mudar a governança mundial
Foto: Ricardo Stuckert / BBC News Brasil

A fala de Lula vem numa sequência de recados sobre a importância que ele afirma dar às relações com a China.

Mais cedo, durante encontro com o presidente da Assembleia Nacional Popular da China, Zhai Leji, Lula disse defender uma parceria geopolítica com a China para mudar a governança mundial.

"Nossos interesses na relação com a China não são apenas comerciais [...] Temos interesses políticos e nós temos interesses em construir uma nova geopolítica para que a gente possa mudar a governança mundial dando mais representatividade às Nações Unidas", disse Lula.

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