A Aneel comunicou aumento na conta de luz devido à bandeira tarifária vermelha, incentivando o uso consciente de energia. Setor de energia solar prevê redução do payback para instalação de sistemas fotovoltaicos.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) comunicou em julho que a conta de luz teria um aumento de R$ 1,88 a cada 100 kW/h consumidos. O acréscimo decorreu da bandeira tarifária amarela, referente a conexão das usinas térmicas, devido à escassez de chuvas e altas temperaturas no país. Agora, a partir de setembro, com a entrada da bandeira vermelha, haverá um custo extra de R$ 7,87 a cada 100 kWh consumidos.
“Este período é o mais propício a acontecer tais ajustes tarifários devido a efeitos climáticos. É uma forma de equilibrar o sistema de energia e incentivar um uso mais consciente. Essas oscilações impulsionam o crescimento e a busca por fontes alternativas e sustentáveis como os sistemas fotovoltaicos que são conectados a geração distribuída. Com a oscilação da bandeira em julho, tivemos um crescimento de 20% em relação ao mês anterior”, explica Junior Helte, CEO do Grupo HLT, que inclui Helte, Inimex e Ângulo.
De acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), até 2031 a geração distribuída (GD) que utiliza sistemas fotovoltaicos tem potencial para gerar uma economia líquida de mais de R$ 84,9 bilhões na conta de luz dos brasileiros.
“Não só o uso da energia solar tem crescido, como também novas tecnologias têm impactado positivamente o nosso segmento. É possível dizer que a cada trimestre o mercado muda e tem sido para melhor”, argumenta Helte. Ainda de acordo com ele, mesmo com os impactos do cenário e da política externa, como a crise no Oriente Médio que interferiu no valor do frete internacional e o aumento do dólar, o custo-benefício ainda é muito bom. “Quem busca pela energia solar deve aproveitar o momento. Não que seja uma mudança drástica, mas o cliente que está buscando e está em dúvida sobre adquirir seu sistema pode sentir diferença de aumento no bolso nos próximos meses”, pondera o CEO.
Retorno do investimento
Com a oscilação da bandeira tarifária e acesso ao crédito, Junior Helte ainda revela que na comparação com a geração solar, o payback da aquisição e instalação do sistema teve redução de retorno do investimento, atingindo pouco mais de 3 anos, algo inédito para o consumidor.
“Considerando os valores atuais, o mercado com pleno emprego e as taxas de juros interessantes, é uma opção bastante atraente para quem tem residência, empresa ou está buscando sustentabilidade e a redução do custo de energia. Mas como citei anteriormente, considerando o cenário atual sem considerar os possíveis movimentos de mercado que podem ocorrer nos próximos meses”, complementa.
Em maio, a capacidade instalada de energia solar fotovoltaica em sistemas próprios no Brasil ultrapassou 29 gigawatts (GW), segundo a Absolar. Mais de 3,7 milhões de unidades consumidoras no país já se beneficiam do uso da energia solar. Recentemente, a Helte apresentou ao mercado o formato logístico Retira Helte nos novos hubs no Mato Grosso, Paraná, São Paulo e Rio Grande do Sul, que permite que os sistemas fotovoltaicos sejam entregues em um curto prazo de tempo.
“Se antes precisávamos convencer os consumidores, atualmente eles querem adquirir e usar o mais rápido possível. Com os hubs de distribuição encurtamos nosso prazo em algumas regiões para até 3 dias”, fala Junior Helte.
Para o segundo semestre, a aposta da empresa continua sendo o modelo HJT 585-600W 22,45% até 23,23% que além da eficiência que é um grande diferencial no mercado, tem coeficientes de baixa temperatura, funcionando bem em temperaturas altas com menos perdas, com as células solares de heterojunção recebendo todos os benefícios da bifacialidade.
“O ganho de eficiência desse modelo pode chegar a mais de 26%. É uma tecnologia inovadora até mesmo quando consideramos o mercado mundial. Antes vista apenas em grandes usinas, agora também disponibilizados para geração distribuída”, finaliza o porta-voz.
(*) HOMEWORK inspira transformação no mundo do trabalho, nos negócios, na sociedade. É criação da Compasso, agência de conteúdo e conexão.