Foi apresentado nesta quarta-feira ao mercado publicitário, em São Paulo, o novo Terra, que entra no ar no próximo dia 31 de março. O evento, chamado Órbita, reuniu em sua quinta edição cerca de 600 empresários e profissionais de comunicação do Brasil e do exterior no auditório do Ibirapuera, e contou com painéis sobre novas tecnologias de publicidade digital e personalização de conteúdo - especialmente visibilidade, personalização e criatividade.
De acordo com o diretor-geral no Brasil, Rafael Davini, o novo Terra, desenvolvido ao longo de dez meses, torna possível a personalização das páginas de acordo com as preferências de cada perfil de usuário e com aquilo que é mais relevante a ele. A segmentação é possível, explicou Davini, a partir de informações de navegação de cada leitor, suas preferências e localização.
"O novo Terra vai valorizar aquilo que é conteúdo relevante para cada usuário, de forma segmentada e personalizada", definiu Davini.
Proposta é evitar "ditadura da maioria"
Para a CMO da empresa para América Latina, Estados Unidos e Espanha, Luciane Aquino, o conteúdo mais relevante e próximo do usuário é o que deve diferenciar o novo Terra não apenas do atual modelo, como o que ela chamou de "ditadura da maioria" na mídia.
"Porque os modelos de hoje pregam o que só interessa para uma maioria, e a minoria, que nem é tão minoria assim, fica completamente esquecida. A grande mudança é esta: entregar, de fato, um Terra para cada usuário", explicou a executiva, que completou: "Queremos conseguir mesclar o conteúdo que interessa e é relevante para todos com um que seja relevante para cada um, e cada um que a receba do seu jeito, no aparelho que gosta de usar e no momento em que está usando - e com a garantia de credibilidade e responsabilidade jornalística", afirmou.
O CEO Global da companhia, Paulo Castro, concordou: a proposta é evitar "a ditadura da maioria". "A principal mensagem do novo Terra é ser uma oferta personalizada, diferente para cada usuário, mas respeitando e entendendo os interesses dele com conteúdo relevante a cada um, de forma particular. Não queremos uma oferta única que tenta servir a todos, uma ditadura da maioria, que é o que hoje a mídia em geral vive como paradigma", declarou.
Castro lembrou que, num ano que promete ser marcado no Brasil por protestos, Copa do Mundo e eleições, a segmentação de conteúdo conforme a relevância para cada usuário "tem um sentido especial". "Porque são eventos que acabam tomando bastante espaço no noticiário e reforçando essa ditadura da maioria, atropelando interesses individuais. Certamente vai ter gente que não vai querer saber de eleições ou de Copa, e o Terra vai ter esse conteúdo disponível", concluiu.
O Órbita
O evento reuniu nomes da publicidade e da tecnologia em palestras e painéis sobre visibilidade, criatividade e personalização de conteúdo na web.
Além dos executivos do Terra, participaram do Órbita como palestrantes o head de Tecnologia de Publicidade & Soluções em Vídeo da Adobe, Noah Levine, o vice-presidente da Comscore, Scott Joslim, o diretor de criação André Matarazzo, a gerente de Mídia da Unilever, Bruna Almeida,e o fundador da Netshoes, Marcio Kumruian.
"Foi um excelente momento para apresentarmos todas nossas novidades ao mercado e ouvir feedback instantâneo", comentou Rafael Davini. "Nossa expectativa é antecipar tendências e surpreender clientes e parceiros", completa.
"A ideia do Órbita é sempre conseguir trazer temas relevantes e inovações do Terra, mas relacioná-los com o que está acontecendo de importante no mercado", definiu o CEO.
Além do Brasil, Luciane Aquino explicou que o novo Terra entra no ar no dia 31 de março também nos Estados Unidos e no México. As inovações para Chile, Colômbia, Argentina, Peru e Espanha entram no ar na sequência.