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O que é reduflação, fenômeno que reduziu poder de compra do brasileiro

O termo refere-se a quando marcas diminuem o tamanho de seus produtos sem reduzir seus preços na mesma proporção

28 jul 2024 - 05h00
Foto: matthewennisphotography/iStock

O poder de compra do brasileiro médio foi impactado negativamente em 3,78% por causa da reduflação em 2023. O termo refere-se à diminuição do tamanho dos produtos, sem que as marcas reduzam os preços na mesma proporção. O dado foi retirado de um levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT).

"O impacto da reduflação é sentido diretamente no bolso do consumidor, que paga o mesmo valor por menos produto. Essa prática tem sido cada vez mais comum e prejudica o poder de compra da população", afirma Gilberto Luiz do Amaral, presidente do IBPT.

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O estudo teve como base dados coletados do aplicativo Citizen IBPT, usado para controle financeiro pessoal. Segundo o instituto, foram analisados pouco mais de 7,8 milhões de códigos de barras, identificados em mais de 100 milhões de notas fiscais.

Nos cruzamentos, o estudo percebeu que 300 mil destes itens tratavam-se de códigos de barras novos no mercado, ou seja, podendo ter sido alterado por mudanças na embalagem ou no tamanho do produto.

Exemplo de produto que sofreu uma reduflação usado pelo estudo
Foto: Reprodução/IBPT

O levantamento concluiu que a reduflação é vista com mais frequência em itens vendidos em supermercados e farmácias, com destaque nas categorias de alimentos, higiene e limpeza.

Com relação à cesta básica, o estudo destacou quais produtos com mais indícios de reduflação e impacto no bolso do brasileiro. Confira:

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  • Arroz integral;
  • Milho em grão;
  • Macarrão ou massas frescas ou secas feitas com essas farinhas/sêmola, água e/ou ovos;
  • Cenoura, pepino, palmito, cebola, couve-flor, dentre outros legumes e verduras, preservados em salmoura ou em solução de sal e vinagre;
  • Extrato ou concentrados de tomate;
  • Amendoim;
  • Ovos de aves;
  • Sardinha e atum enlatados;
  • Leite em pó;
  • Iogurte natural;
  • Queijos feitos de leite e sal;
  • Óleos de soja, de girassol, de milho;
  • Azeite de oliva;
  • Manteiga;
  • Café;
  • Chá.

Como reconhecer uma reduflação?

O levantamento também alerta que nem sempre o percentual diminuído no produto será igual à perda monetária. Por exemplo, o óleo de soja saiu de 1L para 900 ml, reduzindo 10% da sua quantidade. Porém, o consumidor pode ter uma perda percentual ainda maior no poder de compra.

O estudo faz um cálculo usando como referência o consumo de um estabelecimento comercial que usa fritadeira a óleo e precisa de 24L para sua operação. Para alcançar esta quantidade recomendada com a embalagem de 900ml seria necessária a quantidade de 26,666 embalagens. Esse valor teria que ser arredondado para 27 embalagens.

Reduflação: evite abusos nos preços dos alimentos
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"Portanto, apesar da redução em 10% na quantidade do produto na embalagem, o aumento na quantidade de embalagens, foi de 24 para 27, que representa um impacto também financeiro na casa de 12,5%", conclui a análise.

O presidente do IBPT, Gilberto Luiz do Amaral, alerta que o consumidor tem direito e dever de exigir transparência dos fabricantes e varejistas. O ideal é sempre comparar preços e quantidades, e, além disso, desde 2021 está em vigência a Lei Nº 14.181, que obriga estabelecimentos a oferecer uma informação clara sobre os preços por unidade de medida, seja gramatura, litro ou metro.

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Fonte: Redação Terra
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