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O que esperar do mercado de criptomoedas neste fim de ano 

Após uma temporada conturbada, fim de ano mantém incertezas nesse mercado

10 dez 2022 - 03h00
Foto: Diana Grytsku / Freepik

A primeira criptomoeda, o bitcoin (BTC), foi criada em 2009 e segue consagrada como a mais popular. Após revolucionarem o mercado de pagamentos no mundo inteiro, competindo com cartões de crédito e débito, as criptos hoje em dia começam a se posicionar como substitutas do dinheiro oficial. Inclusive, já são aceitas por gigantes como Microsoft, PayPal, Twitch e Whole Foods.  

Em um movimento de escalada durante anos, a moeda digital enfrentou uma estagnação no começo do ano, mas parece pronta para a vitória no último trimestre de 2022, mesmo que os números não sejam tão atrativos frente a uma classe de ativos que tinham ganhos descomunais como regra. 

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Estabilização pode vir após a turbulência

Entre janeiro de 2021 e março de 2022, o número mensal de transações por meio de criptos cresceu 32,52%. Já o volume financeiro transacionado dobrou, considerando o mesmo período. No terceiro trimestre, o bitcoin subiu 3,4% em comparação com quedas de cerca de 7% no índice geral de ações mundiais. 

É mais um sinal de que os preços das criptomoedas podem se estabilizar após quedas consecutivas no início do ano. Os sinais de um novo crash dos criptoativos parecem silenciados. O ganho pode não ser elevado, mas se destaca em um mar de ativos no vermelho.  

Nesse contexto, aliadas à popularização dos ativos, grandes marcas e até mesmo pequenos comerciantes estão de olho e começam a se preparar para capturar esse novo grupo de clientes. 

Diversificação de criptomoedas

Líder desde sempre entre as criptos, o bitcoin segue na primeira colocação, mas perdeu bastante espaço em 2022. No primeiro trimestre do ano passado, o BTC respondeu por quase três quartos do volume total processado, exatamente 74,1%. No entanto, nos três primeiros meses de 2022, reduziu sua posição para 35,6%, o que representa quase um terço do volume total. 

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O mesmo acontece quando a análise é baseada no número de transações: o bitcoin representava 53,6% do total e, em 2022, o percentual caiu para 30,2%. 

A segunda criptomoeda mais usada foi o Tether (USDT). Entre janeiro e março de 2021, representava 10,4% do volume total e, no mesmo período deste ano, saltou para 46,7%. No ano passado, o USDT representava 4,1% das transações e agora está na casa dos 35,3%. 

Fato é que, apesar da estagnação do crescimento vertiginoso constatado nos seus primeiros anos, as criptomoedas ainda são uma tendência inegável e parecem voltar aos holofotes do mundo corporativo a partir deste segundo semestre, podendo vir com mais força no próximo ano. 

Com o potencial da independência, já que a moeda é descentralizada e não necessita de bancos, grandes corporações ou governos para funcionar, as criptos ainda têm grande caminho a ser trilhado, com muitos mercados para alcançar, assim como muitas pessoas, que deverão mudar a maneira de movimentar o dinheiro. 

(*) John Blount é CEO da FMI Minecraft Management.

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