Você sabia que até o início da década de 1960 as mulheres precisavam de autorização do pai ou do marido para abrir uma conta bancária? Alguns absurdos ficaram no passado, mas elas ainda são minoria no mundo dos investidores.
Segundo o IBGE, 51,8% da população brasileira é composta de mulheres, mas quando analisamos o perfil de gêneros de investidores na B3 (Bolsa de Valores brasileira), apesar da entrada de muitas mulheres no último ano, a proporção de mulheres mantem-se praticamente constante nos últimos 10 anos e é de 25%.
Também segundo o IBGE, as mulheres ganham 77,7% do salário dos homens, e mesmo empregadas dedicam 8 horas a mais do que os homens aos serviços domésticos, além de terem a expectativa de vida de 7 anos a mais do que os homens.
Apesar de o cenário não ser nada favorável, as mulheres iniciam seus investimentos sempre com valores maiores do que os homens e, muitas vezes, buscam primeiro mais informações e conhecimentos antes de iniciar.
Mas essa realidade vem mudando, principalmente para a faixa etária mais velha, após os 45 anos. Do total de investidoras na bolsa brasileira 30,40% têm acima de 46 anos. Já do total de recursos aplicados por mulheres, 76,04% são de mulheres acima de 46 anos.
Quem comenta esse cenário das mulheres no mundo dos investimentos é Luciana Ikedo, especialista em finanças CFP.