A Oi submeteu pedido de registro para oferta pública de ações ordinárias e preferenciais na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), operação que faz parte do processo de fusão com a Portugal Telecom, conforme prospecto preliminar divulgado na noite de quarta-feira.
A empresa disse em fato relevante publicado nesta quinta que a precificação da oferta deverá ocorrer em 16 de abril, sendo que o valor total do aumento de capital da Oi é estimado em, aproximadamente, R$ 14 bilhões.
Em outubro do ano passado, a Oi e a Portugal Telecom anunciaram acordo para a fusão de suas operações, que resultará na criação da CorpCo, uma multinacional com cerca de 100 milhões de clientes. A investida já previa a realização de um aumento de capital na operadora brasileira.
O prospecto preliminar ainda não possui informações sobre o número de ações que serão emitidas no âmbito da oferta de distribuição primária, em que os recursos serão destinados exclusivamente ao caixa da companhia.
Segundo a Oi, o preço por ação ordinária será baseado no valor por papel preferencial e apurado de acordo uma taxa de conversão de uma ação preferencial para 0,9211 ação ordinária.
Já o preço por ação preferencial no aumento de capital será fixado após a conclusão do procedimento de bookbuilding e irá considerar a cotação das ações preferenciais da Oi na bolsa e as indicações de interesse coletadas.
O BTG Pactual é o coordenador líder da oferta, que conta também com a participação de bancos como o Bank of America Merrill Lynch, Barclays, Credit Suisse e Espírito Santo Investiment Bank, entre outros bancos.
A Oi informou que a Portugal Telecom celebrou compromisso de subscrição do aumento de capital da operadora em parcela a ser integralizada em bens.
O compromisso, porém, está sujeito a condições precedentes, incluindo aprovação pela assembleia geral dos acionistas da operadora portuguesa e a subscrição, no aumento de capital da Oi, de parcela em dinheiro de, no mínimo, R$ 7 bilhões.
Conforme anunciado em outubro, um veículo de investimento do BTG Pactual se comprometeu a participar da operação, subscrevendo um total de ações equivalente à diferença entre R$ 2 bilhões e os valores de subscrição por acionistas da nova empresa, excluída a Bratel Brasil.
Ao final da reorganização societária, espera-se que a CorpCo tenha 126,6 milhões de ações ordinárias e 96,2 milhões ações preferenciais de emissão da Oi.
Em decorrência disso, cada ação ordinária de emissão da Oi será substituída por uma nova ação ordinária de emissão da CorpCo e cada ação preferencial da Oi será substituída por 0,9211 nova ação ordinária de emissão da CorpCo.
"As relações de substituição foram estabelecidas com base no parâmetro de cotações de mercado das ações da Oi no período de 30 dias anteriores ao anúncio do fato relevante que divulgou a operação", informou a operadora.