Os ativos de renda fixa são mais seguros que os de renda variável. Mas isso não quer dizer que essa classe de ativos não tenha alguns riscos. Por isso, é importante que o investidor conheça as melhores opções para o seu perfil.
Os papéis menos agressivos em renda fixa são títulos pós-fixados, que podem ser desde um Tesouro Direto, até eventualmente títulos atrelados a CDI, pós-fixados, explicou o CEO da Delta Investor, Pedro Henrique Ricco Oliveira: “o mais correto ou o mais moderado para um investidor menos agressivo no mercado e que só busca a blindagem patrimonial, entendemos ser mais vantajoso papéis pós-fixados. Se a taxa Selic subir ou a taxa Selic cair, esses ativos vão rentabilizar mais ou menos através do momento econômico”.
Já com os papéis prefixados você já conhece a taxa dentro de um período, logo, caso haja uma volatilidade maior do que se espera na taxa de juros eles perdem atratividade ou eles ganham atratividade: “Logo, você tem numa operação de renda fixa um retorno variável, principalmente se você tentar vender esse título antes”, alertou o especialista.
- • No site ou aplicativo da corretora o investidor pode filtrar opções entre títulos prefixados ou pós-fixados;
- • São exemplos de títulos pós-fixados os títulos como Tesouro Selic (público) e CDBs (títulos privados) atrelados ao CDI;
- • Exemplos de papéis prefixados são o Tesouro Prefixado 2026 e ativos privados como CDB com taxa fixa;
- • No caso dos títulos privados (LCI, LCA, CRI, CRA, CDB, debênture, entre outros), a corretora irá informar qual a faixa de risco: baixa, média ou alta.
Títulos privados x Títulos públicos
Os títulos públicos (Tesouro Direto) são os mais seguros, por contarem com a garantia do Governo. Já no caso dos títulos privados, as empresas emissoras são avaliadas por agências de classificação de risco que atribuem uma nota. A classificação vai de D - muito arriscado - a Triple A ou AAA - pouco arriscado.
“Muitas empresas boas são mensuradas e têm notas de classificação boas, eventualmente como um Triple A (AAA), e de uma hora para a outra, como no caso da Americanas, pode trazer uma volatilidade adicional de carteira”, lembrou Oliveira.
Como os ativos mais arriscados tendem a ser os que possibilitam maiores ganhos, é importante diversificar a carteira, para tomar um pouco mais de risco: “É muito importante a diversificação, principalmente em empresas privadas vis a vis empresas públicas. Se eventualmente o investidor conseguir diversificar o portfólio, seja através do indexador, uma parte câmbio, uma parte mercado internacional, uma parte mercado local, uma parte fundos multimercados e de renda fixa, e parte papéis atrelados à inflação, pré e pós, acaba ficando uma carteira super completa”, finalizou Pedro Oliveira.