O Open Finance completa seu quarto ano e se consolida como um dos maiores projetos de inovação do setor financeiro no Brasil, com crescimento significativo de ITPs e impacto crescente na adoção e iniciação de pagamentos
Ao completar seu quarto ano em fevereiro, o Open Finance se consolida como um dos maiores projetos de inovação do setor financeiro no Brasil. Um dos destaques dessa evolução é o crescimento dos Iniciadores de Transação de Pagamentos (ITPs), que já somam quase 50 instituições ativas, ampliando a concorrência e facilitando novos modelos de negócio.
O impacto do Open Finance pode ser visto também na sua adoção crescente. Hoje, o sistema tem mais de 60 milhões de consentimentos ativos e 40 milhões de clientes, entre pessoas físicas e empresas, segundo dados do Open Finance Brasil. Com esse volume de adesão, o Brasil se consolida como um dos mercados mais dinâmicos do mundo na implementação da tecnologia.
Esse avanço reflete diretamente na iniciação de pagamentos dentro do Open Finance. Segundo o Banco Central, em 2024, as transações iniciadas por ITPs utilizando o Pix como meio de pagamento movimentaram R$ 3,2 bilhões, um crescimento expressivo frente aos R$ 624 milhões registrados no ano anterior.
"Os ITPs são peças-chave na evolução do Open Finance. Seu crescimento reflete não apenas a adoção do modelo, mas também a transformação do setor, permitindo experiências mais ágeis e seguras para consumidores e empresas. Já vemos aplicações concretas no varejo, no check-out de compras online e até nos pagamentos via WhatsApp. Essa tendência fortalece um mercado mais competitivo e acessível", acredita Gustavo Lino, diretor-executivo da INIT.
Para o próximo ciclo, a INIT projeta avanços em três frentes estratégicas para ampliar o impacto dos ITPs no Open Finance. A Jornada Sem Redirecionamento, prevista para este mês, eliminará etapas no processo de autorização de pagamentos, tornando-o mais fluido.
Além disso, o fortalecimento da estrutura de monitoramento garantirá maior controle sobre o ecossistema. Outro ponto de destaque é o enorme potencial da ampliação do Open Finance para pessoas jurídicas (PJs), considerando que, atualmente, menos de 2% dos CNPJs ativos no país utilizam o sistema.
"Estamos avançando para tornar o Open Finance mais acessível e eficiente. Com quatro anos de evolução, o ecossistema já se consolidou como um dos mais relevantes do mundo, promovendo inovação e inclusão financeira. A JSR e a expansão para PJs são marcos essenciais para acelerar a adoção e gerar ainda mais valor para empresas e consumidores. Além disso, o reforço no monitoramento assegura a confiabilidade do sistema, garantindo que o Brasil siga na vanguarda da modernização do mercado financeiro global", conclui Lino.
