Bancos, seguradoras, operadoras de crédito e fintechs podem ter acesso a dados dos clientes mediante autorização de uso e finalidade por determinado tempo e, com isso, os clientes recebem ofertas de crédito e serviços mais atrativos a cada perfil.
Porém, ao iniciar as primeiras etapas do processo de implementação, começam a surgir desafios do setor para utilizar essas informações de maneira a oferecer os melhores serviços para cada cliente.
Com cerca de 6,7 milhões de consentimentos de clientes para compartilharem suas informações e participação de aproximadamente 800 instituições, os desafios iniciais enfrentados pelo Open Finance foram a inconsistência de dados, o que pode ter sido ocasionado pelo curto prazo em que as instituições tiveram para se adequarem.
No entanto, como cada nova tecnologia tem seu período de adaptação, um dos desafios do Open Finance para 2023 é levar aos consumidores a segurança de que seus dados serão utilizados apenas aos serviços em que autorizarem e que as empresas estejam adequadas a LGPD.
É preciso garantir a proteção dos dados
Para Lígia Novazzi, COO & Sócia da Teros, empresa especializada em soluções de Inteligência de Dados, Pricing e Open Finance, é preciso, também, garantir que os dados identificáveis e sensíveis estão protegidos e serão utilizados apenas para os fins autorizados previamente por cada pessoa.
“Para que mais setores da sociedade possam aderir e passar a integrar o Open Finance, é preciso que o setor debata essas informações, elucidando as principais dúvidas dos consumidores”, comenta Lígia.
Para ela, o processo precisa ser educativo, mostrando que do início ao fim há padronização no processamento desses dados e as vantagens em integrar e utilizar as próprias informações bancárias da maneira que melhor convier ao cliente.
Mostrar seriedade e total implementação das diretrizes da LGPD mostra o comprometimento das empresas em estarem aptas para a gestão dos dados confiados pelos clientes.
Atingindo mais camadas sociais
Outro ponto importante é que esses serviços cheguem a distintas camadas sociais da sociedade, promovendo com isso a inclusão bancária de pessoas que não acessam a esses serviços ou sequer fazem parte do sistema financeiro.
“Além de possibilitar a visualização das finanças pessoais de distintas contas do cliente em um único lugar, o Open Finance promete facilitar a portabilidade do histórico financeiro do cliente, abrindo espaço para maior concorrência entre as instituições para oferecer a melhor oferta aos clientes”, finaliza Lígia.
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