Vendas de Natal devem movimentar R$ 32 bi no Brasil

24 dez 2013 - 07h15

O Natal deve movimentar quase R$ 32 bilhões neste ano no Brasil. Os dados da Confederação Nacional do Comércio (CNC) colocam a data como a mais importante para o comércio brasileiro. Para se ter noção, o último Dia das Mães, segunda celebração mais aguardada pelo setor, movimentou apenas um sexto deste valor. No resto do mundo não é diferente: o Natal leva multidões às lojas e agita a economia.

A NRF (Federação Nacional do Varejo, na sigla em inglês) espera que as vendas de novembro e dezembro nos Estados Unidos cresçam 3,9%, chegando a US$ 602,1 bilhões (quase R$ 1 trilhão). O índice é superior a média dos últimos dez anos para o período, quando o crescimento foi de 3,3%.

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O mercado natalino no Reino Unido em 2013, por sua vez, deve crescer 2,1% em relação ao ano passado, chegando a 72,7 bilhões de libras (equivalente a R$ 274,2 bilhões). A expectativa é do Centre for Retail Research, que destaca que cada casa deve gastar, em média, 758,35 libras. Mais de 58% deste valor é destinado a presentes e 28,4% a comidas e bebidas. Um em cada cinco produtos deverão ser comprados pela internet.

Tradicionais na Europa, em especial na Alemanha, Itália e França, as feiras de Natal estão em mais de duas mil cidades europeias. Segundo o Centre for Retail Research, 427 milhões de visitantes devem gastar US$ 6,8 bilhões nas feiras de rua no continente, isto é, R$ 15,8 bilhões. Originalmente alemão, o chamado Christmas market cresceu nos últimos anos, chegando inclusive à Ásia e à América do Norte - onde deve movimentar US$ 600 milhões, vendendo comidas, bebidas, artesanatos, brinquedos, joias e artigos de decoração, com temas geralmente ligados à época medieval.

No Brasil, vendas crescem, mas desaceleram

Segundo o economista da CNC, Fábio Bentes, a previsão para o Natal deste ano é de um crescimento nas vendas menor que o do ano passado. De fato, a movimentação de todas as datas comemorativas em 2013 cresceu menos que em 2012. Bentes aponta três fatores principais que levaram à desaceleração: o IPI (Imposto sobre produtos industrializados) está mais alto para o varejo que no ano passado; o crédito para o consumidor está mais caro, com a taxa de juros tornando-se a mais alta dos últimos 18 meses; e o real está desvalorizado, sendo mais caro importar.

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Com tudo isso, o crescimento, de 5%, deve ser o mais fraco desde 2004. “Os preços do varejo ao longo de 2013 subiram mais que nos últimos 10 anos, já que eles recebiam preços mais altos do atacado. Nos últimos 3 anos, o comércio repassou só metade das altas que recebeu do atacado, agora está passando mais de 80%”, diz Bentes.

Quem deve se destacar é o setor de farmácia, perfurmaria e cosméticos, crescendo 9,9%, índice pouco abaixo daquele do ano passado. Eletroeletrônicos, móveis e eletrodomésticos também devem crescer, mas mais abaixo do índice de 2012.

Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra
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