Entenda como home brokers democratizaram a Bolsa de Valores

22 jul 2013 - 07h13
Os home brokers podem atuar de casa, do escritório ou de qualquer lugar; tudo é feito pela internet
Os home brokers podem atuar de casa, do escritório ou de qualquer lugar; tudo é feito pela internet
Foto: Shutterstock

Em 1999, a Bolsa de Valores sentiu a necessidade de popularizar o mercado financeiro, facilitando o acesso dos investidores as suas operações. Surgiam, assim, os primeiros home brokers, pessoas físicas que, com o uso da internet, compram e vendem ações e participam da Bolsa de qualquer lugar - de casa, do escritório ou do banco de uma praça. “Os home brokers democratizaram a Bolsa de Valores”, afirma Amerson Magalhães, diretor da Easynvest Título Corretora.

Para efetuar suas operações, os investidores “caseiros” precisam se cadastrar junto a uma corretora e, pelo portal dessa instituição, eles podem organizar seus pedidos de compra e venda e analisar os relatórios de desempenho disponíveis. Segundo Magalhães, é importante ressaltar que o investidor nunca vai diretamente para a Bolsa. "Ele sempre terá o intermédio de uma corretora para gerenciar suas ordens”, afirma. A corretora, por sua vez, precisa se cadastrar na Bolsa de Valores, depois de cumprir diversos requisitos do Banco Central, para então atrair seus primeiros investidores.

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A democratização do mercado financeiro se deu, em especial, pela redução de custos que a ação via internet dos home brokers representa. Magalhães lembra que, antes da inserção da rede de computadores nas operações da Bolsa, tudo era feito por telefone. “Antes, mesmo com R$ 5 mil, dificilmente o investidor conseguiria entrar diretamente na Bolsa”, explica. A quantia não seria suficiente para cobrir o custo operacional do investimento. “Era um limitador”, define Magalhães.

Hoje, o capital inicial necessário para um home broker é mínimo. No entanto, ele ainda tem custos que devem ser considerados. Citando o exemplo da Easynvest, Magalhães relata que é cobrada uma taxa de R$ 10 por ordem executada, sendo respeitado um mínimo de três ordens por mês. Caso o número de ordens seja inferior, a taxa mensal é de R$ 30. O valor é bastante baixo de comparado ao necessário para investimentos antes de 1999, mais um motivo para aderir. “Investir na Bolsa é uma estratégia que deve ser mantida sempre”, aconselha.

Segundo o especialista, a prática dos home brokers atingiu o ápice em 2008, quando existiam aproximadamente 350 mil investidores com esse perfil. No entanto, houve uma queda significativa, e hoje cerca de 100 mil home brokers ainda estão em operação. Para Magalhães, o motivo da queda é o fato de as pessoas analisarem as ações da Bolsa olhando para trás, e não para frente. “Nos últimos anos, a Bolsa não teve uma boa performance, o que desanimou investidores. Muitos retiraram dinheiro do mercado financeiro e investiram em imóveis, por exemplo, que, no mesmo período, deram um bom retorno”, analisa.

Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra
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