Os pedidos de demissão voluntária continuam crescendo no Brasil. Com base em um levantamento feito pela LCA Consultores, em fevereiro de 2022, 560.272 pessoas decidiram abandonar seus trabalhos, o maior número desde janeiro de 2020. Esse número representa uma média de 29.488 desligamentos por dia útil.
Já pesquisa realizada pela Gallup, em 2023, revelou que 39% dos profissionais de RH relataram um aumento no turnover em suas empresas e que 52% dos que pediram demissão afirmaram que a empresa ou a liderança poderiam ter feito algo para evitar isso.
Com base nos dados do Ministério do Trabalho e Emprego, houve mais de 7 milhões de demissões voluntárias no período de um ano até setembro de 2023, uma tendência que continua avançando no país.
Para as empresas, isso representa um desafio crescente para reter suas equipes, particularmente quando se trata de profissionais que se destacam em suas áreas. Em mercados altamente competitivos, isso já está levando a investimentos em treinamento e educação, alinhamento de gestão e, em geral, já se observa um impacto positivo na renda do trabalho.
De acordo com o economista Bruno Imaizumi, dois fatores foram preponderantes para os recentes recordes dos números de pedidos de demissão no país. Um deles é o que ele chama de normalização do mercado de trabalho após a fase mais aguda da pandemia da Covid-19. O outro é o avanço do trabalho remoto, que provocou uma mudança de comportamento entre os trabalhadores.
Especialistas apontam quatro grandes motivos para essa onda global de pedidos de demissão:
- 1) cultura tóxica das companhias;
- 2) insegurança dentro da organização;
- 3) excesso de pressão;
- 4) falta de reconhecimento profissional.
Assista ao vídeo com o comentário de com Frederico Lacerda, CEO e cofundador da Pin People, RHtech especializada na gestão da experiência do colaborador.
(*) HOMEWORK inspira transformação no mundo do trabalho, nos negócios, na sociedade. É criação da Compasso, agência de conteúdo e conexão.