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País precisa concretizar ajustes e virar a página, diz BNDES

15 set 2015 - 18h51
(atualizado às 18h51)

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, disse hoje (15) que é preciso implantar os ajustes para voltar a pensar a economia do país no curto e médio prazos. “Acredito que para serem suplantadas [instabilidade política e as dificuldades fiscais] é preciso concretizar os ajustes e virar a página, voltar a pensar na economia brasileira no médio e curto prazos e retomar a ideia do crescimento”. 

Ele participou, no Rio, da sessão especial do Fórum Nacional, na sede do banco, que tem como tema O Brasil que Queremos – Nova grande concepção: sair da crise e enfrentar os desafios do alto crescimento, integrando-se à Nova Revolução Industrial para aproveitar a magia das grandes oportunidades.

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O governo anunciou ontem (14) um pacote com medidas para cortar gastos públicos e aumentar a receita para 2016. Na abertura do encontro, Coutinho destacou que, para o Brasil crescer e atingir taxa de 4,5% ao ano, é preciso elevar a produtividade, que precisaria aumentar pelo menos 3,9% ao ano. Para ele, entre os próximos desafios do país estão a

melhoria da qualidade dos serviços, com mais educação e qualificação do trabalho. “Isso significa e exige mais qualificação e preparação do trabalho para tecnologias avançadas de automação e de sofisticação especialmente na prestação de serviços.”

“Essa seria uma taxa alta de crescimento que permitiria enriquecer a sociedade em termos de qualidade de vida e de renda, antes de a população envelhecer de forma mais irreversível, porque as transições demográficas depois tendem a se estabilizar."

O presidente do BNDES, Luciano Coutinho
O presidente do BNDES, Luciano Coutinho
Foto: Gabriela Korossy/Ag. Câmara)

Infraestrutura

Luciano Coutinho reconheceu que é preciso investir mais em infraestrutura. Segundo ele, o crescimento do país, entre 2004 e 2012, não se traduziu no aumento ideal dos investimentos no setor. Para ele, o maior resultado do crescimento econômico do país foi a inclusão social, a distribuição de renda e o acesso e pressão sobre os serviços públicos. Já o agronegócio, continua sendo um vetor de crescimento para a economia, apesar da piora dos preços internacionais.

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 “O investimento em infraestrutura aumentou, mas não o suficiente. O investimento total sobre o PIB [Produto Interno Bruto] aumentou, mas não tanto quanto gostaríamos. A taxa agregada de investimentos era de cerca de 16% do PIB e ultrapassou os 20%. Ficamos neste patamar até recentemente", disse. “Acelerar os investimentos em infraestrutura é uma fronteira em várias áreas, com possibilidade de desenvolver cadeias de suprimentos de equipamentos, de engenharia, de bens de capital e de serviços", acrescentou.

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Agência Brasil
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