A ex-presidente da República Dilma Rousseff tomou posse, nesta quinta-feira, 13, do cargo de mais nova presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), conhecido também como "banco do Brics", com sede em Xangai, na China. O mandato de Rousseff, que é a primeira mulher a assumir o cargo, vai até julho de 2025.
O objetivo do banco do Brics é fornecer financiamento para projetos em áreas como infraestrutura, energia renovável, transporte e tecnologia, visando impulsionar o desenvolvimento econômico e social nos países membros e em outras partes do mundo.
A sigla "Brics" vem das iniciais dos países-membros do agrupamento econômico: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul (South Africa, em inglês).
Os recursos iniciais do banco foram captados em um rateio igualitário entre os cinco países que compõem o Brics. Cada um desembolsou US$ 10 bilhões (cerca de R$ 49 bilhões), na época. Hoje, há autorização para que o fundo chegue ao total de US$ 100 bilhões (cerca de R$ 490 bilhões).
Segundo o Ministério das Relações Exteriores, os ganhos econômicos do Brasil no Brics "advêm do financiamento de obras de infraestrutura no país e da participação de empresas brasileiras em processos de licitação de obras nos países membros financiadas com recursos do Banco".
O que o Brics diz sobre Dilma?
Em comunicado divulgado à imprensa, o banco do Brics afirmou que, quando era presidente do Brasil, Dilma priorizou o combate à pobreza e deu ênfase à ampliação dos programas sociais criados nos mandatos de Lula anteriormente.
"Como resultado de um dos mais intensivos processos de redução da pobreza na história do país, o Brasil saiu do Mapa da Fome da ONU", diz trecho do comunicado do NBD.
A instituição acrescentou que, internacionalmente, Dilma defendeu o respeito à soberania de todos os países, bem como o multilateralismo, o desenvolvimento sustentável, os direitos humanos e a paz.
"Sob o governo dela [Dilma], o Brasil se fez presente em todos os fóruns internacionais sobre clima e proteção do meio ambiente, culminando em uma decisiva participação do Acordo de Paris", acrescentou.
Ainda conforme a avaliação do Brics, Dilma expandiu a cooperação entre o Brasil e diversos países da América Latina, da África, do Oriente Médio e da Ásia.