O número de norte-americanos que entraram com novos pedidos de auxílio-desemprego aumentou inesperadamente na semana passada e mais pessoas continuaram a receber os valores no final de novembro em relação ao início do ano, à medida que a demanda por mão de obra esfria.
Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego aumentaram em 17.000, para 242.000 em dado com ajuste sazonal, na semana encerrada em 7 de dezembro, informou o Departamento do Trabalho nesta quinta-feira. Economistas consultados pela Reuters previam 220.000 pedidos para a última semana.
O salto da semana passada nos pedidos de auxílio-desemprego provavelmente refletiu a volatilidade após o feriado de Ação de Graças e não deve marcar uma mudança abrupta nas condições do mercado de trabalho.
É provável que os pedidos continuem voláteis nas próximas semanas, o que pode dificultar a obtenção de uma leitura clara do mercado de trabalho. Em meio à volatilidade, o mercado de trabalho está se desacelerando.
Embora o crescimento do emprego tenha acelerado em novembro, depois de ter sido severamente afetado por greves e furacões em outubro, a taxa de desemprego subiu para 4,2%, depois de se manter em 4,1% por dois meses consecutivos.
Um mercado de trabalho mais fraco torna mais provável que o Federal Reserve corte a taxa de juros na próxima semana pela terceira vez desde que iniciou seu ciclo de afrouxamento da política monetária em setembro, apesar do pouco progresso na redução da inflação para sua meta de 2% nos últimos meses.
A taxa de juros de referência do banco central dos EUA está agora na faixa de 4,50% a 4,75%, tendo sido elevada em 5,25 pontos percentuais entre março de 2022 e julho de 2023 para controlar a inflação.
Um mercado de trabalho estável é fundamental para manter a expansão econômica no caminho certo. As demissões historicamente baixas são responsáveis por grande parte da estabilidade do mercado de trabalho e têm impulsionado os gastos dos consumidores.
O número de pessoas que recebem benefícios após uma semana inicial de ajuda, um indicador de contratação, aumentou em 15.000 para 1,886 milhão em dado com ajuste sazonal, durante a semana que terminou em 30 de novembro, segundo o relatório.
A elevação dos chamados pedidos contínuos é um sinal de que algumas pessoas demitidas estão passando por períodos mais longos de desemprego.
A duração média dos períodos de desemprego subiu para o nível mais alto em quase três anos em novembro.