O governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cortou 934 mil beneficiários do Bolsa Família por irregularidades no cadastro. Foram cortados do programa os beneficiários que alegavam viver sozinhos.
Esse grupo teve um crescimento de 15% para 27% durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), quando o programa se chamava Auxílio Brasil. O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social suspeita de fraude.
Em março, o governo iniciou a averiguação dos beneficiários. Em abril, o bloqueio temporário atingiu 1,2 milhão de benefícios e exigiu recadastramento. Já em junho, foram estabelecidas regras mais rígidas para os cadastros unipessoais.
O grupo de unipessoais cresceu de forma explosiva nos últimos anos, após o governo Bolsonaro mudar o desenho do programa e fixar um piso inicial de R$ 400, valor que subiu mais tarde para R$ 600.
Durante o governo do ex-presidente, a categoria teve um boom, passando de 2,2 milhões para 5,9 milhões. Este ano, com o pente-fino do governo, o número de cadastros caiu para 4,9 milhões.