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PESQUISA-BCE reduzirá juros mais quatro vezes até meados do ano, dizem economistas

15 jan 2025 - 11h45

O Banco Central Europeu estenderá os cortes consecutivos na taxa de juros para pelo menos até julho, em um esforço para proteger a economia da zona do euro, que enfrenta uma ameaça iminente de tarifas dos Estados Unidos, de acordo com uma maioria de economistas consultados pela Reuters.

O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, retornará à Casa Branca na segunda-feira. Suas promessas de campanha, que incluem a implementação tarifas de pelo menos 10% sobre todos os produtos importados, têm causado abalos nos mercados, aumentando as preocupações de que a Europa sofrerá ainda mais.

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O BCE pode afrouxar ainda mais a política monetária este ano, mas deve encontrar um meio-termo que não induza uma recessão nem cause um atraso indevido na contenção da inflação, disse o economista-chefe do BCE, Philip Lane, na segunda-feira.

As duas principais economias do bloco estão atoladas em turbulências políticas e a atividade continua lenta. A economia da Alemanha contraiu 0,2% no ano passado, informou o Escritório Federal de Estatísticas.

"Dadas as situações políticas na França e na Alemanha, há um alto risco de que vejamos inatividade na Europa, o que certamente conterá o investimento e o consumo e também tornará a Europa potencialmente mais fraca na reação a Donald Trump", disse Carsten Brzeski, chefe global de macro do ING.

"O BCE terá que entregar cortes nos juros, porque, se não o fizer, corre o risco da inflação ficar abaixo da meta", disse ele.

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O Conselho do BCE iniciou sua campanha de afrouxamento em junho do ano passado, realizando quatro cortes m 2024. Eles ainda têm vários outros previstos para este ano.

Todos os 77 economistas da pesquisa de 10 a 15 de janeiro disseram que a taxa de depósito cairá em mais 25 pontos-base em 30 de janeiro, para 2,75%. Uma maioria de 60%, 46 dos 77, espera mais três cortes até meados do ano, em março e dois no segundo trimestre, levando a taxa de depósito para 2,00%.

O restante, 31 dos entrevistados, compartilhou opiniões variadas sobre onde a taxa estará no final do segundo trimestre, variando de 1,75% a 2,50%.

A taxa será de 2,00% até pelo menos meados de 2026, de acordo com a mediana da pesquisa.

Trinta economistas disseram que a taxa de depósito estará abaixo de 2,00% até o final do ano, enquanto 13 disseram que estará mais alta.

Os mercados estão precificando totalmente um corte neste mês e cerca de 90 pontos-base acumulados de reduções neste ano.

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