Segundo levantamento do Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo (Creci), o valor do salário mínimo brasileiro não é suficiente para pagar o alugel de uma quitinete com pouco mais de 30m² na capital paulista. Os preços deste tipo de imóvel em regiões como Itaim Bibi, Jardins, Paraíso e Pinheiros ultrapassaram tanto o mínimo nacional de R$ 724 quanto o regional que corresponde a R$ 820.
No total, 402 imobiliárias participaram da pesquisa que apontou que em fevereiro os valores médios cobrados em bairros como Itaim Bibi e Jardins era de R$ 1,2 mil e de R$ 935 em áreas como Aclimação e Brooklin.
“O aluguel está estrangulando, literalmente, a renda de muitas famílias, o que fica evidente quando se considera que o rendimento médio real dos assalariados da capital era de R$ 1.854 no início deste ano”, afirmou em nota o presidente do Creci, José Augusto Viana Neto. Para ele, é necessária a inclusão de imóveis usados no programa Minha Casa, Minha Vida para que se tenha uma redução no valor dos imóveis por conta do aumento da oferta.
De acordo com a entidade, o peso do aluguel na renda familiar pode explicar porque os imóveis mais procurados são os de aluguel mais baixo e porque as famílias procuram, muitas vezes, por locais mais distantes.
Em fevereiro, um estudo da entidade, mostrou que casas e apartamentos com aluguel mensal de até R$ 1 mil correspondem a 38,83% do total de imóveis alugados. A maioria das novas locações (29,13%) estava em bairros da zona D como Campos Elíseos, Belém e Bom Retiro, seguidos pelos das zonas C que é composta por nomes como Água Branca, Barra Funda e Vila Romana (26,76%), já a zona A que inclui Pacaembu, Perdizes e Morumbi ficou com 18,38%, a zona E que é composta por Itaquera, Jardim Ângela e Ermelino Matarazzo (13,48%) e zona B, região do Sumaré, Pompeia e Vila Madalena, (12,25%).