A Petrobras fechou acordos com a Caixa Econômica Federal, Bradesco, Banco do Brasil e Standard Chartered que complementam necessidades de recursos da empresa, garantindo à petroleira a cobertura de suas necessidades de financiamentos para 2015, segundo fato relevante divulgado pela estatal na sexta-feira.
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Entre financiamento e limites de crédito pré-aprovado, o somatório das operações chega a R$ 9,5 bilhões, trazendo alívio para a estatal em momento em que enfrenta limites para fazer captações no mercado de dívida, por conta da crise decorrente do escândalo de corrupção.
Além daquele montante, a Petrobras anunciou ainda negócio envolvendo plataformas, no valor de US$ 3 bilhões.
"Essas operações, somadas a outras já executadas neste ano, atendem às necessidades de financiamento da companhia para 2015", disse a petroleira.
Com o Banco do Brasil, a companhia aprovou um financiamento no valor de R$ 4,5 bilhões, na modalidade de nota de crédito à exportação, por meio da subsidiária BR Distribuidora, pelo prazo de seis anos.
Com a Caixa, a petroleira anunciou aprovação de acordo para um limite de financiamento pré-aprovado ("standby") no valor de R$ 2 bilhões e prazo de até cinco anos.
Aprovou ainda limite de financiamento pré-aprovado com o Bradesco, no valor de R$ 3 bilhões e prazo de até cinco anos.
Já com o banco Standard Chartered, a Petrobras aprovou um acordo de cooperação para uma operação de venda com arrendamento e opção de re-compra de plataformas de produção, no valor de até US$ 3 bilhões e prazo de dez anos.
2016
A Petrobras disse ainda que continuará avaliando oportunidades de financiamento visando antecipar parte das necessidades de 2016.
Neste mês, a empresa informou que assinou com o Banco de Desenvolvimento da China (CDB) contrato de financiamento de US$ 3,5 bilhões.
Anteriormente, o Conselho de Administração da Petrobras havia autorizado a companhia a captar até US$ 19,1 bilhões líquidos em recursos ao longo de 2015.
Adicionalmente, a petroleira reiterou que anunciou em março a aprovação de um robusto plano de desinvestimento de US$ 13,7 bilhões para o biênio 2015 e 2016, visando à redução da alavancagem, preservação do caixa e concentração nos investimentos prioritários.
"Dentre os ativos de Exploração & Produção do plano de desinvestimento não estão incluídos ativos em produção no Pré-Sal", frisou a petroleira em seu comunicado.
Envolvida nas investigações da operação Lava Jato, que apura um esquema de corrupção que envolveu a petroleira, empreiteiras, políticos e partidos, a estatal passa por dificuldades para obter financiamentos com condições interessantes.
Isso porque a auditora PricewaterhouseCoopers negou-se a assinar o seu balanço do terceiro trimestre, que foi publicado não auditado, sem que perdas com a corrupção fossem lançadas no documento.
A Petrobras informou no início da semana que seu Conselho de Administração vai se reunir no dia 22 de abril para apreciar as demonstrações contábeis auditadas do terceiro trimestre e do ano de 2014, e que espera divulgá-las após a decisão do Conselho.