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Petrobras confirma maior descoberta de gás da Colômbia após perfuração de Sirius-2

5 dez 2024 - 10h06
(atualizado às 15h17)

A Petrobras anunciou nesta quinta-feira a confirmação da maior descoberta de gás da história da Colômbia com a perfuração do poço marítimo Sirius-2, localizado a 77 quilômetros de Santa Marta, em lâmina d'água de 830 metros.

A perfuração, iniciada em junho deste ano, confirmou volumes de gás superiores a 6 trilhões de pés cúbicos in place, o que pode aumentar em 200% as reservas atuais da Colômbia, afirmou a Petrobras.

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A expectativa é começar a produção de gás natural em três anos após recebimento de todas as licenças ambientais e em caso de confirmação da viabilidade comercial da descoberta, prevista até 2027, destacou a companhia, em comunicado.

A produção esperada, através de quatro poços produtores "em um desenho inovador 'subsea to shore'", é de cerca de 13 milhões de m³/dia durante 10 anos.

"Esse gás que está sendo descoberto aqui agora... não consta no nosso plano ser exportado, ele vai ficar aqui (na Colômbia) porque há uma demanda muito grande", disse a diretora de Exploração e Produção da Petrobras, Sylvia dos Anjos, em videoconferência com jornalistas brasileiros, transmitida a partir da Colômbia.

Por meio da tecnologia "subsea to shore", a companhia poderá interligar os poços produtores do campo com equipamentos submarinos, permitindo que o gás natural siga direto por dutos até o sistema de processamento em terra, sem a necessidade da instalação de uma plataforma. O projeto contará com um gasoduto de 117 km.

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"Quem estiver na superfície marinha não vai enxergar nada, tudo estará no subsolo marinho. E esse é um projeto que vai também permitir ser um dos projetos da companhia com a menor intensidade de carbono", disse o diretor-presidente da Petrobras Colômbia, Rodrigo Costa.

O consórcio responsável pelo projeto, formado pela subsidiária da Petrobras na Colômbia e a Ecopetrol, estima investir 1,2 bilhão de dólares para fase exploratória e 2,9 bilhões de dólares na fase de desenvolvimento da produção.

O gerente geral de ativos de exploração da Petrobras, Rogério Cunha, afirmou que está previsto ainda mais um poço exploratório em março do próximo ano e que, dependendo dos resultados, poderá haver outro a partir do segundo semestre.

A Petrobras é operadora do bloco com 44,44% de participação, enquanto a Ecopetrol detém 55,56% do ativo.

Os investimentos da parcela da Petrobras estão contemplados no Plano de Negócios 2025-2029 da petroleira brasileira.

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"Com essa descoberta de grande potencial volumétrico de gás natural, serão iniciados os procedimentos socioambientais e de licenciamento necessários para transportar o gás para os centros de consumo", destacou.

Para o licenciamento ambiental, Costa, da Petrobras Colômbia, afirmou que a companhia precisará realizar uma consulta prévia com 116 comunidades, em período ainda incerto. Passada essa etapa, a companhia calcula que levará de seis a sete meses para concluir o licenciamento, considerando estudo de impacto ambiental.

"A gente espera concluir esse processo (de licenciamento) entre 2025 e 2026", disse Costa.

A Petrobras afirmou em nota que o consórcio iniciará as atividades de aquisição de dados "meta oceânicos", como parte do Projeto de Desenvolvimento da Produção para a descoberta.

"Esses dados, juntamente com informações ambientais sobre o fundo do mar, batimetria, informações geotécnicas e geofísicas, são essenciais para a instalação do gasoduto para o transporte de gás natural do campo para a unidade de tratamento de gás em terra, bem como para a instalação de sistemas de produção no fundo do mar", explicou a companhia.

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