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Petrobras cai 6% e derruba Ibovespa abaixo de 56 mil pontos

O volume financeiro somou 6,8 bilhões de reais

19 mai 2015 - 19h19
(atualizado em 20/5/2015 às 10h30)
Foto: Eco Desenvolvimento

A Bovespa fechou no vermelho nesta terça-feira pelo segundo dia seguido e com o seu principal índice abaixo dos 56 mil pontos pela primeira vez no mês, diante do declínio de 6% nas ações da Petrobras, em meio a incertezas sobre o futuro da estatal.

O Ibovespa caiu 1,26%, a 55.498 pontos. O volume financeiro somou 6,8 bilhões de reais.

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O gerente do renda variável da Fator Corretora, Frederico Ferreira Lukaisus, classificou o movimento na bolsa paulista como uma correção. "O Ibovespa começou o ano fraco, foi se recuperando e agora está corrigindo para baixo de novo", disse, avaliando que anúncios de acordos com a China limitaram perdas.

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Brasil e China assinaram nesta terça-feira acordos que superam os 53 bilhões de dólares para investimentos e contratos de cooperação financeira, assegurando um fluxo de capital importante para a economia brasileira no momento em que busca se recuperar.

Destaques

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Petrobras caiu mais de 6%, com agentes financeiros ajustando posições após a divulgação do balanço do primeiro trimestre, cautelosos com o horizonte da companhia e a defasagem de preços domésticos de combustíveis com o exterior. Dados de produção da estatal de abril divulgados na véspera pouco animaram, enquanto fatores técnicos corroboraram a queda. No ano, a ação preferencial da Petrobras ainda acumula alta de quase 30%e a ordinária sobe mais de 40%.

Itaú Unibanco e Bradesco também pesaram, com quedas respectivas de 1,41 e 1,46%, respectivamente, enquanto o mercado segue na expectativa de elevação da Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL) dos bancos dentro do universo de medidas visando esforço fiscal do governo. BANCO DO BRASIL perdeu quase 3%, a despeito do anúncio de nova recompra de ações.

A Vale reduziu perdas em meio a anúncios de acordos com a China, em sessão de nova queda do minério de ferro no mercado chinês. O BTG Pactual disse em nota a clientes ver a correção no minério como justa e esperar queda adicional no preço, pois avalia que os fundamentos não sustentam preços mais altos. "Mercado segue sobreofertado e, apesar da volatilidade recente, seguimos cautelosos com Vale", disse o BTG.

Ações da Petrobras 'derretem' na Bolsa
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A Usiminas caiu quase 4%, após anunciar o desligamento temporário dos altos fornos nº 1 da usina de Cubatão e de Ipatinga, reduzindo sua produção de ferro gusa em cerca de 120 mil toneladas ao mês. A concorrente CSN também sofreu com a notícia, entendida como sinal de fraca demanda, e caiu 5,5%.

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A Ecorodovias foi outra que figurou entre as maiores perdas do Ibovespa, após informar que a BRZ Investimentos, gestora da Logística Brasil, exerceu direito de opção de venda da totalidade das ações detidas pela Logística Brasil na Elog, o que fará com que 100% do capital desta última passe a ser detido pela Ecorodovias.

JBS e Marfrig destoaram da tendência, com ganhos respectivos de 4,26 e 3,22%, em meio à notícia de que a China habilitou oito unidades de abate de bovinos no Brasil que estavam suspensas para exportação, com a assinatura de compromisso para a habilitação de mais nove plantas em junho.

A Embraer avançou quase 4%, também entre as poucas altas. A companhia confirmou nesta terça-feira a venda de 22 aviões para a chinesa Tianjin Airlines, em contrato com valor estimado de 1,1 bilhão de dólares de acordo com os preços atuais de tabela.

A Copel subiu 2,12%, após o secretário da Fazenda do Estado do Paraná, Mauro Ricardo Machado da Costa, afirmar ao jornal Valor Econômico que estuda vender fatias de estatais, incluindo na companhia de energia paranaense, bem como assegurar o maior dividendo possível. O governo do Paraná negou em comunicado intenção de vender ações da Copel e da Sanepar.

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