RIO - A Petrobras e o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) assinaram nesta segunda-feira, 31, um protocolo de intenções para um programa de aquisição de créditos de carbono, que visa à contratação de créditos de carbono gerados por meio de projetos de restauração florestal na Amazônia.
Segundo o diretor de Transição Energética e de Sustentabilidade da estatal, Maurício Tolmasquim, a ideia é ter um processo de competição, o que também será positivo para formação de preço desse novo mercado.
"Uma empresa que vai ter interesse em investir na reflorestação, vai participar de um processo competitivo organizado pela Petrobras, e quem der o melhor preço vai ganhar a competição e com o esse PPA (contrato de compra e venda) o BNDES pode fazer o financiamento sem precisar exigir a garantia corporativa ou carta de fiança", disse Tolmasquim em evento com a presença da presidente da Petrobras, Magda Chambriard, e do presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.
Segundo ele, assim como ocorreu com o setor elétrico, com previsão de longo prazo de investimentos é possível garantir uma quantidade de hectares que será colocada no setor.
Segundo a diretora do BNDES Tereza Campello, o programa deve envolver o reflorestamento de 50 mil hectares, e a Petrobras deve viabilizar, num primeiro momento, cerca de R$ 1,5 bilhão. "Passa-se a criar um ambiente que terá maior transparência", afirmou a diretora.
