A Petrobras informou que o navio-plataforma Marechal Duque de Caxias iniciou a produção nesta quarta-feira no campo de Mero, no pré-sal da Bacia de Santos, em passo que eleva a capacidade instalada do ativo de 410 mil para 590 mil barris diários de petróleo (bpd).
Com capacidade para produzir até 180 mil bpd e de comprimir até 12 milhões de metros cúbicos de gás diariamente, a unidade do tipo FPSO é parte do quarto sistema de produção de Mero e foi afretada junto à MISC, segundo comunicado enviado pela Petrobras ao mercado.
O navio-plataforma Duque de Caxias, também conhecido como Mero 3, terá ao todo 15 poços, sendo oito produtores de óleo e sete injetores de água e gás, interligados à plataforma por meio de uma infraestrutura submarina.
Já operavam no campo de Mero o FPSO Pioneiro de Libra e os dois sistemas definitivos FPSO Guanabara (Mero 1) e FPSO Sepetiba (Mero 2).
O campo de Mero faz parte do bloco de Libra, o primeiro a ser licitado sob regime de Partilha de produção no Brasil, em 2013.
O campo de Mero é operado pela Petrobras, com 38,6% de participação, em parceria com Shell Brasil (19,3%), TotalEnergies (19,3%), CNOOC (9,65%), CNPC (9,65%) e a Pré-Sal Petróleo S.A (PPSA), que além de gestora do contrato, atua como representante da União em área não contratada (3,5%).
NOVAS UNIDADES
O navio-plataforma Marechal Duque de Caxias foi o segundo a entrar em operação a serviço da Petrobras neste ano, contribuindo para as expectativas da companhia de um aumento da produção no próximo ano.
Na véspera, a presidente da petroleira, Magda Chambriard, afirmou que a produção de petróleo da Petrobras tem uma tendência de crescimento em 2025 com a entrada em operação de plataformas relevantes já a partir deste ano.
Neste mês, a companhia iniciou a produção do navio do tipo FPSO Maria Quitéria no campo de Jubarte, na parcela capixaba do pré-sal da Bacia de Campos, com capacidade para 100 mil bpd. A unidade estava anteriormente prevista para iniciar a produção em 2025.
A petroleira também poderá antecipar para este ano a entrada em operação do navio-plataforma Almirante Tamandaré, no campo de Búzios, no pré-sal da Bacia de Santos, com capacidade para produzir 225 mil bpd, disse anteriormente Chambriard.
Chambriard calcula que as três unidades somadas podem proporcionar até 2026 um pico de produção de 500 mil bpd.
Apesar das expectativas, a Petrobras informou nesta semana que sua produção no Brasil caiu 8,2% entre julho e setembro ante igual período do ano passado, em meio a paradas para manutenção e declínio em campos maduros.