A Petrobras planeja divulgar o balanço anual auditado de 2014 até o fim de maio e avalia que terá que cortar investimentos, ampliar venda de ativos e estudar outros meios de financiamento diante da forte queda nos preços do petróleo e do endividamento da companhia.
Publicidade
Apesar das dificuldades, a Petrobras afirmou em comunicado divulgado na noite desta quinta-feira que não tem previsão sobre emissão de novas ações.
"A Petrobras está revisando seu planejamento financeiro e entende que deverá ser necessário reduzir seus investimentos, elevar os desinvestimentos, assim como estudar outras possibilidades de financiamento e de incremento do fluxo de caixa", afirmou a empresa.
O comunicado foi emitido horas depois que o jornal Valor Econômico publicou entrevista com o novo presidente da Petrobras, Aldemir Bendini, em que ele afirma que vai rever o plano de negócios da empresa, em uma revisão que inclui venda de ativos e corte de investimentos.
Advogado diz que fez dossiê com irregularidades na Petrobras
Video Player
O pronunciamento da Petrobras ao mercado também foi emitido somente após as ações da companhia terem fechado em alta de cerca de 5 por cento nesta quinta-feira.
Publicidade
Ainda segundo a Petrobras, a metodologia que chegou ao valor de 88,6 bilhões de reais em baixas contábeis decorrentes das denúncias de corrupção da investigação Lava Jato "não se mostrou adequada à mensuração dos potenciais pagamentos indevidos". O valor foi divulgado pela Petrobras no fim de janeiro, por ocasião da publicação do balanço do terceirto trimestre.
Segundo a estatal, a companhia está "aprofundando" outra metodologia que tome por base valores, prazos e informações contidos nos depoimentos dos acusados no escândalo para emissão de demonstrações contábeis revisadas.
1 de 17
Foto tirada da sede da Petrobras em 2010, no Rio de Janeiro. A empresa está no centro de um escândalo de corrupção investigado desde 2014
Foto: Bruno Domingos
2 de 17
"Lava Jato" refere-se ao uso de uma rede de lavanderias e postos de combustíveis para movimentar os valores oriundos de práticas criminosas
Foto: Polícia Federal
3 de 17
O presidente da empreiteira OAS José Aldemário Pinheiro Filho, conhecido como Léo Pinheiro, preso ao ser deflagrada a Operação Lava Jato da Polícia Federal (PF)
Foto: Marcos Bezerra
4 de 17
O doleiro Alberto Youssef e os Executivos da Empresa OAS, José Adelmário Pinheiro Filho, José Ricardo Nogueira, Agenor Franco Magalhães e Mateus Coutinho de Sá Oliveirapreso da Operação Lava Jato que está detido na sede da Policia Federal em Curitiba, PR, sai para depor na sede da Justiça Federal
Foto: Vagner Rosario
5 de 17
Após prestar depoimento, o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, deixa a sede da Superintendência da Polícia Federal em São Paulo
Foto: Renato Ribeiro Silva
6 de 17
Venina Velosa deu seu depoimento à Justiça nesta sexta-feira para operação Lava Jato
Foto: Twitter
7 de 17
O procurador da República, Carlos Fernando dos Santos Lima (à esq.), os delegado Igor de Paula e Marcio Anselmo e o superintendente regional da PF Rosalvo Franco durante coletiva de imprensa na sede da PF, em Curitiba, sobre a nona fase da Operação Lava Jato
Foto: Vagner Rosario
8 de 17
Depoimentos ocorreram nesta segunda-feira, em Curitiba (PR)
Foto: Roger Pereira
9 de 17
O procurador Rodrigo Janot concede coletiva a imprensa no Hotel Mabu, em Curitiba (PR), nesta quinta-feira (11), sobre os indiciados na Operação Lava Jato. São em torno de 20 nomes que serão apresentados pelo MPF ao Juiz Sergio Moro
Foto: Vagner Rosario
10 de 17
Lava Jato: foragido, Adarico Negromonte se entrega a PF
Foto: Roger Pereira
11 de 17
Não há provas de que o atual diretor de Abastecimento da Petrobras, José Carlos Consenza, tenha envolvimento com o esquema de pagamento de propina na Petrobras
Foto: Wilson Dias
12 de 17
Juiz Federal do Paraná, Sérgio Moro, investiga o caso
Foto: Divulgação
13 de 17
O deputado federal, André Vargas, teve mandato cassado por envolvimento em negócios com o doleiro Alberto Youssef, preso pela Polícia Federal na Operação Lava Jato por participação em um esquema de lavagem de dinheiro
Foto: Gustavo Lima
14 de 17
Apontado como um dos chefes da quadrilha, o dono de um dos maiores postos de combustíveis da área central de Brasília, próximo à Torre de TV - onde também funciona uma lavanderia e uma casa de câmbio - foi preso
Foto: Polícia Federal
15 de 17
O grupo investigado seria responsável pela movimentação financeira e lavagem de ativos de diversas pessoas físicas e jurídicas envolvidas em crimes como o tráfico internacional de drogas, corrupção de agentes públicos, sonegação fiscal, evasão de divisas, extração e contrabando de pedras preciosas e desvio de recursos públicos
Foto: Polícia Federal
16 de 17
João Gualberto Pereira Neto se apresenta voluntariamente na sede da Polícia Federal em Curitiba (PR) - ele veio dos Estados Unidos para Curitiba, para depor sobre o esquema de corrupção de licitação e obras da Petrobras, descoberto na Operação Lava Jato da Polícia Federal
Foto: Vagner Rosario
17 de 17
O prestador de serviço da Engevix, Milton Pascowitch saindo da sede da Polícia Federal, em São Paulo (SP), após prestar depoimento na nona fase da operação Lava Jato, deflagrada na manhã desta quinta-feira (05).
Foto: Vagner Rosario
Reuters - Esta publicação inclusive informação e dados são de propriedade intelectual de Reuters. Fica expresamente proibido seu uso ou de seu nome sem a prévia autorização de Reuters. Todos os direitos reservados.