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Petrobras prevê normalidade após revisar plano de negócios

Diretora de Exploração e Produção, Solange Guedes, ressaltou que a revisão do plano será debatida detalhadamente

16 mai 2015 - 10h49
(atualizado às 10h49)
Homem na frente da Universidade Petrobras no Rio de Janeiro. 09/10/2012
Homem na frente da Universidade Petrobras no Rio de Janeiro. 09/10/2012
Foto: Ricardo Moraes / Reuters

A normalidade da vida operacional financeira da Petrobras só deverá ocorrer após a próxima revisão do plano de negócio da companhia, referente ao período 2015-2019, quando ficarão claros os caminhos de investimentos que a empresa adotará. A revisão deve ocorrer nos próximos meses, oferecendo ao mercado e às centenas de empresas que negociam com a petroleira, a previsão de retomar as encomendas de produtos e serviços, beneficiando diretamente o mercado de trabalho, enfraquecido desde o início da Operação Lava Jato.

O diretor financeiro e de Relações com Investidores, Ivan Monteiro, disse que é necessário readequar o plano de negócios, que é revisado anualmente, prevendo cinco anos para frente, às novas realidades do mercado, inclusive com o atual preço do barril de petróleo, que sofreu uma grande redução.

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“A partir desta normalização [publicação do balanço do ano de 2014, que estava atrasado], você passa a tentar voltar a sua vida normal. O mercado de óleo sofreu uma volatilidade, uma redução muito grande, no seu pico de 114 [dólares o barril] para 50 [dólares]. Isso afeta a perspectiva de fluxo de caixa de todos os negócios da companhia. É natural que se faça uma revisão, e é exatamente isso que nós vamos fazer, ao plano de negócio. E isso vai gerar novas informações e perspectivas operacionais à companhia”, disse.

Solange Silva Guedes, diretora de exploração e produção da Petrobras, durante divulgação dos resultados financeiros do primeiro trimestre de 2015, na sede da companhia, no Rio de JaneiroFernando Frazão/Agência Brasil

Já diretora de Exploração e Produção, Solange Guedes, ressaltou que a revisão do plano será debatida detalhadamente. “Esse caminhar sucessivo e gradual da companhia, a passos largos, como já aconteceu em relação ao balanço e outros que serão dados em breve, no momento em que debatermos profundamente o plano de negócios, em um novo cenário de preços, o que teremos é uma definição, de uma companhia bastante bem estruturada, no sentido de entregar valor aos seus acionistas, entendendo os principais acionistas como a sociedade brasileira”, acrescentou.

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A Petrobras registrou retração na venda de derivados de petróleo no mercado interno, nos três primeiros meses do ano. O total vendido por dia foi 2,2 milhões de barris, o que representou uma redução de 6% em comparação a igual período do ano anterior. O óleo diesel apresentou diminuição de 4% nas vendas, creditado ao aumento de biodiesel na mistura. A gasolina apresentou queda de 5% nas vendas, causada pelo aumento no percentual de etanol anidro na mistura, de 25% para 27%, e também na redução na frota de veículos movidos a gasolina.

Além disso, a nafta usada na indústria petroquímica, apresentou redução de 30%, ocasionada pela diminuição na demanda por parte dos clientes. No primeiro trimestre do ano, a Petrobras totalizou R$ 17,8 bilhões em investimentos, 13% abaixo do registrado no mesmo período de 2014. A companhia terminou o trimestre com R$ 68,2 bilhões em caixa. Os dados completos dos resultados da estatal podem ser obtidos na página da empresa na internet.

Agência Brasil
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