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Petrobras prioriza cortes de carbono enquanto Equinor mira renováveis no Brasil

1 dez 2020 - 18h31
(atualizado às 18h36)

A Petrobras vai investir em tecnologias para reduzir a pegada de carbono de suas atividades de extração de petróleo, e não deve realizar aportes em energias renováveis nos próximos cinco anos, disse nesta terça-feira o presidente-executivo da estatal.

Plataforma da Petrobras no campo de Tupi, no litoral do Rio de Janeiro 
16/02/2011
REUTERS/Sergio Moraes
Plataforma da Petrobras no campo de Tupi, no litoral do Rio de Janeiro 16/02/2011 REUTERS/Sergio Moraes
Foto: Reuters

Roberto Castello Branco já afirmou diversas vezes que a Petrobras não possui vantagem comparativa em renováveis e que diversas metas ambientais estabelecidas por suas rivais europeias são fantasiosas.

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As declarações do executivo nesta terça contrastaram com comentários feitos mais cedo pelo CEO da Equinor, Anders Opedal, em uma conferência da indústria petrolífera, na qual afirmou que a companhia norueguesa busca oportunidades em energia eólica "offshore" no Brasil.

Opedal fez referência, durante a Rio Oil & Gas, a um memorando de entendimento assinado em 2018 por Equinor e Petrobras na busca por projetos eólicos "offshore" no país.

O memorando não resultou em nenhum projeto potencial até o momento, e as falas de Castello Branco sugerem que é improvável que isso venha a acontecer.

"Nós não esperamos investir um dólar em renováveis nos próximos cinco anos", disse Castello Branco, ao comentar o plano de negócios de cinco anos da empresa, atualizado recentemente, em uma apresentação a analistas e investidores.

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A Petrobras está levando a sério a redução das emissões por outros meios, como o estudo do uso de navios movidos a hidrogênio, mesmo para rotas longas, afirmou em apresentação à parte o diretor-executivo de Comercialização e Logística da petroleira, André Chiarini.

Castello Branco disse ainda que é provável que a Petrobras venda sua unidade de transporte e dutos "offshore" de gás natural por meio de uma oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) no terceiro trimestre de 2021.

Essa estimativa, porém, pode mudar, em parte porque o possível IPO requer um acordo com outros acionistas.

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