O petróleo fechou em alta nesta terça-feira, 31, mas terminou o ano praticamente estável apesar do período marcado por tensões geopolíticas. O mercado de energia acabou chegando a um equilíbrio entre a redução na oferta e as preocupações com a demanda global, que não deve ser tão grande diante das dificuldades de recuperação econômica da China.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI (referência no mercado americano) subiu 5,5% em dezembro e 5,19% no trimestre, mas ficou praticamente estável no ano, com leve alta de 0,1%. Para fevereiro, o WTI fechou em alta de 1,03% (US$ 0,73), a US$ 71,72 o barril.
Na Intercontinental Exchange (ICE), o petróleo Brent (referência na Europa) teve alta de 3,9% em dezembro e de 4,1% no trimestre, mas queda de 3,12% no ano. Para março, o Brent avançou 0,88% (US$ 0,65), a US$ 74,64 o barril.
Os ganhos do petróleo nesta sessão refletem a leve expansão na atividade industrial da China, que ampliou expectativas de demanda do país, observaram analistas do mercado ao Wall Street Journal.
Preocupações com a saúde da economia chinesa e seu impacto sobre a demanda de petróleo limitaram a alta dos preços do óleo, avaliaram os analistas, apesar do déficit na oferta durante este ano.
O aumento nas tensões geopolíticas no Oriente Médio e no leste da Europa contribuíram para a estabilidade dos preços, além da extensão nos cortes voluntários de produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+).
Para a consultoria Pantheon, no entanto, os índices de gerentes de compras (PMIs, em inglês) da China ainda sugerem a necessidade de mais estímulos do governo para sustentar um crescimento mais amplo do país.
"Mais políticas de estímulo estão planejadas para 2025 para impulsionar a demanda doméstica e evitar que expectativas deflacionárias se estabeleçam. Ao longo do caminho, esperamos que os dados econômicos da China exibam um padrão flutuante de melhora e deterioração ao longo de 2025?, prevê a consultoria.