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PF desarticula organização criminosa que fraudava dados de beneficiários do INSS

Dados eram usados para fins criminosos, como contratação indevida de empréstimos consignados e saques irregulares

26 set 2024 - 11h52
(atualizado às 12h03)
Na foto, fachada do INSS localizado na Rua Coronel Xavier de Toledo, no centor de São Paulo.
Na foto, fachada do INSS localizado na Rua Coronel Xavier de Toledo, no centor de São Paulo.
Foto: Werther Santana/Estadão / Estadão

Uma organização criminosa especializada na obtenção fraudulenta de dados de beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para venda a terceiros foi desarticulada nesta quinta-feira, 26, pela Polícia Federal (PF).

Os criminosos atuavam nos Estados de São Paulo, Minas Gerais e Alagoas. Segundo a PF, os dados eram usados para consultas ou para fins criminosos, como contratação indevida de empréstimos consignados e saques irregulares de benefícios previdenciários.

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As investigações, iniciadas em setembro de 2023, revelaram que a organização era composta por hackers que utilizavam técnicas avançadas de invasão cibernética para acessar diretamente o banco de dados do INSS.

A organização contava com apoio de servidores da autarquia que vendiam suas credenciais de acesso aos sistemas. Com o acesso, os criminosos comercializavam os dados obtidos para quaisquer interessados. Três servidores e um estagiário do INSS também foram alvos da operação.

Nesta manhã, policiais federais cumpriram 29 mandados de busca e apreensão e 17 mandados de prisão preventiva nos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Alagoas, Pará, Goiás, Distrito Federal, Paraná e Bahia.

Entre os alvos, um dos investigados já foi anteriormente investigado pela PF por burlar métodos de autenticação multifator, alterar níveis de acesso de credenciais de servidores do INSS e até utilizar certificados digitais de servidores.

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Bloqueio de contas e imóveis

O Juízo da 4ª Vara Criminal Federal de Cascavel/PR determinou o sequestro de 24 imóveis pertencentes aos integrantes da organização criminosa, bem como o bloqueio de recursos financeiros existentes nas contas bancárias utilizadas pelos investigados, até o valor de R$ 34 milhões.

Os envolvidos poderão responder pelos crimes de organização criminosa, corrupção, invasão de dispositivos informáticos, violação de sigilo funcional, obtenção e comercialização de dados sigilosos e lavagem de dinheiro.

Fonte: Redação Terra
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