O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado espécie de sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), recuou 1,48% em junho sobre maio, fechando o segundo trimestre com queda de 1,20% contra o período anterior, de acordo com dados dessazonalizados, informou o Banco Central nesta sexta-feira.
O IBC-Br incorpora estimativas para a produção nos três setores básicos da economia: serviços, indústria e agropecuária, assim como os impostos sobre os produtos.
Analistas consultados pela Reuters esperavam queda de 1,30%, de acordo com a mediana de 23 projeções que foram de recuo de 0,50% a 1,80%. Isto pode indicar que a economia brasileira pode ter entrado em recessão no primeiro semestre do ano.
Por outro lado, o diretor de Política Econômica do Banco Central, Carlos Hamilton Araújo, afirmou nesta sexta-feira que não é correto afirmar que a variação do PIB brasileiro foi negativa no segundo trimestre tendo como base o IBC-Br.
Araújo, que participa de seminário em São Paulo, disse que a projeção do BC para o PIB é a que consta no Relatório de Inflação, que é de 1,6% para 2014. O diretor do BC ainda explica que o endividamento externo das empresas brasileiras permanece pequeno. E acrescenta que é pequeno o número de companhias do país que se endivida em moeda estrangeira.
"Não surpreende que o acompanhamento feito pelo Banco Central indica não haver exposição líquida relevante à variação cambial de incorporações não financeira", afirmou Araújo.
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