Para recuperar a credibilidade junto ao mercado, o governo Dilma Rousseff decidiu fazer um corte de despesas antes mesmo da aprovação do Orçamento de 2015. Um decreto presidencial deve fixar limites máximos para os gastos mensais de cada ministério, em valores inferiores aos previstos no projeto de lei orçamentária, que ainda está em tramitação no Congresso, de acordo com informações da Folha de S. Paulo.
Em situações normais, o Executivo aguarda a aprovação do Orçamento pelo Congresso e a sanção da proposta pela Presidência para definir eventuais cortes de gastos.
Essa medida tem o objetivo de demonstrar como será atingida a meta de superávit primário deste ano, de R$ 66,3 bilhões, o equivalente a 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB) – R$ 55,3 bilhões são de responsabilidade da União e o restante dos Estados e municípios.
De acordo com informações do jornal, um dos possíveis cenários é o bloqueio de um terço dos investimentos, o que daria um corte de R$ 27 bilhões dos R$ 80 bilhões de investimentos previstos na proposta orçamentária de 2015. O valor final do corte ainda será decidido entre a presidente Dilma e sua equipe econômica.
Analistas ainda desconfiam da proposta anunciada pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, em função de três anos de promessas descumpridas pelo governo. Segundo o ministro, a recuperação da economia do País depende dos ajustes nas contas públicas e na inflação. Com essa credibilidade junto ao mercado, os investimentos devem voltar a impulsionar a economia.