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Por que sua compra foi considerada 'suspeita' de fraude?

Especialista explica o que consumidores devem fazer para evitar que suas transações sejam classificadas como suspeitas de golpe ou fraude

7 set 2023 - 10h23
Foto: Adobe Stock

As transações financeiras online se tornaram parte intrínseca de nossas vidas. Uma consequência dessa evolução digital é que os estelionatos por meio eletrônico no Brasil aumentaram 65% no ano passado, ultrapassando a marca de 200 mil registros, de acordo com dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública. Com isso, as empresas investem cada vez mais em segurança eletrônica, blindando-se de possíveis fraudes.

No entanto, tanta segurança faz com que consumidores honestos comumente acabem caindo na “malha fina” dos pagamentos, e têm suas compras bloqueadas por suspeita de golpe. 

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Mas, afinal, o que leva uma transação legítima ser questionada e atraída por esse radar?

A malha fina dos pagamentos

Um levantamento da Horus Group, empresa especializada em análise de risco de fraude, aponta que apenas 30% dos casos analisados são, de fato, golpes. 

“Esse é um problema recorrente em compras online”, pontua Eduardo Daghum, CEO e fundador da Horus Group, que ressalta que a malha fina dos pagamentos opera como um mecanismo de segurança, analisando transação para detectar padrões incomuns ou comportamentos anormais.

“Um dos principais fatores que desencadeiam essa análise é o abismo entre o histórico de compras normal de um indivíduo e a transação em questão. Transações que fogem do padrão, seja em termos de valores, frequência ou natureza, podem acender o alerta vermelho”, ressalta o executivo.

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Outros elementos que podem despertar a atenção da malha fina incluem a realização de transações em locais distantes do habitual ou a execução de várias transações em um curto intervalo de tempo. Além disso, a compra de itens de alto valor em circunstâncias incomuns pode ser vista como suspeita.

Como sua compra pode virar "suspeita"

Dando um exemplo de um possível cenário, Eduardo comenta sobre uma viagem hipotética, em que compras podem cair em análise. 

“Por exemplo, uma pessoa que normalmente compra produtos de baixo custo em sua cidade, de repente, efetua uma compra de alto valor em um país estrangeiro, em uma viagem, é uma situação que pode levantar suspeitas quanto à legitimidade da transação”, explica ele.

Para evitar de cair na malha fina dos pagamentos, inconveniência que pode gerar bloqueio em compras e indisponibilidade do cartão, é recomendado que os consumidores notifiquem seus bancos sobre viagens a serem realizadas ou compras incomuns, bem como mudanças financeiras que levam a um padrão de gastos mais altos. 

“Dessa forma, compreendendo os critérios que levam à malha fina dos pagamentos, consumidores podem colaborar para fortalecer a segurança nos ambientes online”, finaliza Eduardo.

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(*) HOMEWORK inspira transformação no mundo do trabalho, nos negócios, na sociedade. É criação da Compasso, agência de conteúdo e conexão.

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