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Porsche, BMW e mais: PF apreende 46 veículos em operação que investiga fraude com fintechs

As movimentações fraudulentas somam R$ 7,5 bilhões e envolviam dois bancos tradicionais

29 ago 2024 - 11h09
(atualizado às 11h20)
Os carros de luxo foram flagrados por uma emissora chegando escoltados no pátio da PF
Os carros de luxo foram flagrados por uma emissora chegando escoltados no pátio da PF
Foto: Reprodução/EPTV

Porsche, BMW, Volvo, Land Rover e Mercedes-Benz foram alguns dos modelos luxuosos de veículos dentre os 46 apreendidos pela Polícia Federal, na quarta-feira, 28, no âmbito da Operação Concierge. Catorze pessoas foram presas e 60 mandados de busca e apreensão foram cumpridos na operação que investiga fraudes que somam R$ 7,5 bilhões por meio de fintechs.

Os carros de luxo foram flagrados pela equipe da EPTV, afiliada da TV Globo, enquanto eram colocados no pátio da PF em Campinas (SP) e em um estacionamento alugado pela corporação. Foram cumpridos mandados no estado de São Paulo e em Minas Gerais.

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Além dos veículos, os agentes apreenderam jóias, relógios e centenas de máquinas de cartão de crédito. Por meio de uma decisão judicial, R$ 850 milhões também foram bloqueados das contas dos investigados.

Bancos envolvidos

Segundo a Polícia Federal, as fintechs envolvidas no esquema não estavam autorizadas a funcionar pelo pelo Banco Central do Brasil (BACEN). Ainda assim, elas ficavam hospedadas em dois bancos tradicionais, e podiam então ofertar, abertamente, contas clandestinas, que permitiam transações financeiras dentro do sistema bancário oficial, de forma oculta. As contas eram usadas por facções criminosas, empresas com dívidas trabalhistas, tributárias, entre outros fins ilícitos.

De acordo com fontes ligadas à agência Reuters, os bancos onde tais fintechs estavam hospedadas eram o Bonsucesso e Rendimento.

Segundo duas das fontes, os bancos funcionavam como "hospedeiros" de contas bolsões que eram abertas através de duas fintechs de Campinas que não tinham autorização do Banco Central para funcionar: T10bank e I9 pay (InoveBanco).

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Ao Terra, apenas o Banco Rendimento se pronunciou. A instituição informou que segue todas as regulamentações do Banco Central e órgãos competentes, aplicadas desde o início da relação com a T10 Bank. Ainda segundo a assessoria do banco, no momento da operação realizada hoje, a instituição já não prestava mais os serviços mencionados para a T10 Bank.

"O Banco Rendimento está colaborando com as investigações", conclui a nota.

Fonte: Redação Terra
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