O presidente da Petrobras (PETR4), Jean Paul Prates, não tem feito questão de esconder o quanto se ressente por ter virado alvo preferencial de ataques do ministro Alexandre Silveira, de Minas e Energia. O executivo da estatal disse estar cansado e próximo de seu limite, segundo fontes informaram à coluna de Renata Agostini, do jornal O Globo.
De acordo com a publicação, mesmo entre os que apoiam Prates e confiam que ele não entregará facilmente os pontos, há um reconhecimento de que o clima mudou. O presidente da Petrobras está desgastado e seus rivais não dão sinais de que pretendem retroceder, diz a coluna.
Em uma postagem na rede social X (antigo Twitter) na tarde de quinta-feira (4), Jean Paul Prates publicou uma imagem do que seria uma conversa em que parece responder a uma pergunta sobre sua saída da empresa. Confira:
Na quinta-feira (4), os papéis da Petrobras operaram em forte oscilação na B3 (B3SA3). Eles chegaram a abrir em alta, passaram a cair com especulações sobre eventual demissão do presidente da estatal, mas depois voltaram a subir após notícias de que o governo chegou a um acordo para distribuir dividendos extraordinários retidos em março.
Por fim, as ações preferenciais da Petrobras terminaram o dia em queda de 1,41%, cotadas a R$ 37,88, enquanto as ações ordinárias de Petrobras caíram 0,46%, a R$ 39,12.
Em comunicado divulgado no fim da tarde de quinta-feira (4), a Petrobras informou que não há decisão quanto à distribuição de dividendos extraordinários da empresa, e que essa medida só deve ser tomada após assembleia com acionistas, prevista para acontecer no dia 25 deste mês.
Também na quinta-feira (4), a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) abriu um processo administrativo para investigar divulgações de notícias sobre a Petrobras, que passou o dia sendo alvo de especulações sobre troca no comando e distribuição de dividendos extraordinários.
A autarquia, porém, não informa quais informações são alvo do processo da Petrobras, que trata da supervisão de notícias, fatos relevantes e comunicados. Em geral, esse tipo de processo questiona a demora de empresas em se posicionar sobre notícias que impactam o valor das ações, informou o jornal Folha de S. Paulo.