O azeite de oliva continua sendo um dos produtos mais caros nas prateleiras dos supermercados brasileiros. Em 12 meses, o preço do produto subiu 49,42%, segundo dados divulgados nesta terça-feira, 11, pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com o valor do produto nas alturas, os mercados brasileiros estão recorrendo à instalação de lacres antifurto e alarmes nas garrafas.
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A alta dos preços do azeite é mundial, tendo a Europa e a América do Sul com alguns dos mercados mais afetados. Entre as principais causas para a alta estão: os efeitos do aquecimento global que afetaram diretamente a produção de azeite, uma vez que as oliveiras não reagem bem às secas e as altas temperaturas; e fenômenos como o El Ninõ.
No caso do El Ninõ, o fenômeno derrubou em 20% a produção mundial de azeite. Ao invés de 3,3 milhões de toneladas, foram produzidas 2,7 milhões de toneladas, de acordo com o Conselho Internacional de Azeite Olive (IOC, sigla em inglês). Com isso, as exportações foram impactadas e o Brasil reduziu suas compras de 100 mil toneladas de azeite em 2022, para 80 mil toneladas, em 2023.
Alimentos caros
Não é só o azeite que está mais caro. Os maiores impactos no IPCA de maio vieram de alimentação e bebidas. Os custos dos alimentos pressionaram os bolsos dos consumidores e o IPCA subiu 0,46% em maio. Neste ano, IPCA acumula alta de 2,27% e, nos últimos 12 meses, de 3,93%, acima dos 3,69% observados nos 12 meses imediatamente anteriores.
A alta do grupo alimentos e bebidas foi influenciada pelas altas da cenoura da batata-inglesa (20,61%), cebola (7,94%), leite longa vida (5,36%) e café moído (3,42%). Nos últimos 12 meses, os produtos alimentícios com maiores altas foram: cebola (86,13%), tangerina (58,02%), batata-inglesa (57,94%) e azeite de oliva (49,42).