Os preços das diárias de hotéis nas cidades-sede da Copa do Mundo no Brasil continua a preocupar os órgãos de defesa do consumidor. Segundo a secretária Nacional do Consumidor (Senacon), Juliana Pereira da Silva, o setor hoteleiro está perdendo a oportunidade de dar transparência a essa questão dos preços.
"Não há controle de preço, mas havendo abusividade, as empresas poderão ser punidas. Sem transparência, os órgão de fiscalização irão atuar", diz Juliana, explicando que a Senacon está consolidando um diagnóstico feito em redes de hotéis que atuam em mais de um estado.
A secretária conta que houve um problema episódico em Cuiabá, mas a situação mais grave é no Rio de Janeiro. "Não há um ranking de maior transparência ou não, mas há cidades em que a procura é grande e o preço inflacionado. Com isso, há uma tendência de omitir os valores, para evitar dar transparência e receber as críticas naturais de abuso, por se aproveitar de um evento como a Copa".
Segundo Juliana, foi realizada uma reunião com o setor hoteleiro do Rio de Janeiro em que houve consenso para a transparência, mas ressaltou que isso não vem ocorrendo. "Nós pedimos para que fosse colocada a média tarifária da alta temporada, no carnaval e no réveillon, para que fosse criado um ambiente de escolha e transparência, e o setor hoteleiro local, sem julgamentos, de fato desperdiçou a oportunidade de apresentar as tarifas que estão sendo cobradas, não só para os órgão de defesa, mas para toda a sociedade."
A secretária se reuniu hoje com os órgão de proteção e defesa do consumidor das cidades-sede da Copa do Mundo, que apresentaram seus planos de trabalho, no sentido de alinhar as ações entre municípios, estados e União.