A XP Investimentos, maior corretora do País com R$ 1,1 trilhão sob sua custódia e 4,5 milhões de clientes, é alvo de uma ação na Justiça por promover práticas abusivas que levaram os investidores a prejuízos milionários em aplicações financeiras e ao esvaziamento de seus patrimônios.
Segundo o Metrópoles, os investidores acusam a corretora de passar informações erradas ou incompletas sobre os investimentos, prometerem lucros exorbitantes e incentivam aportes em papéis pouco vantajosos, mas que rendem maiores pagamentos em taxas de corretagem.
O Terra entrou em contato com a XP para saber sobre as acusações e o processo movido pelos clientes. Em nota, a corretora disse que não comenta casos específicos que tramitam na Justiça. Fundada em 1997 pelo economista Guilherme Benchimol, a XP adquiriu nos últimos anos mais de uma dezena de outras empresas do mesmo ramo.
Os processos movidos na Justiça são abastecidos com trocas de mensagens entre assessores e clientes da XP, segundo o Metrópoles. Elas mostram que agentes vinculados à corretora vendem produtos de alto risco com a garantia de “blindagem” contra perdas, o que acaba não acontecendo.
Além disso, clientes se dizem ludibriados pela empresa e acusam assessores de terem feito operações milionárias sem suas autorizações, o que teria aumentado os prejuízos e, também, as comissões recebidas pelos agentes.
Os principais relatos feitos nos processos dizem respeito a investimentos em Certificados de Operações Estruturadas (COEs) e em operações alavancadas com empréstimos feitos pela corretora.
O COE é baseado em uma gama de investimentos de renda fixa e variável e tem sido vendido como um papel com potencial de lucro acima da média, com garantia do valor principal investido em caso de baixa.
Na nota enviada ao Terra, a XP disse ainda que “segue rigorosamente a regulação e preza pela absoluta transparência nas condições e prazos dos seus produtos de investimentos. Por isso, está alinhada aos mais altos padrões de compliance e de aplicação de suitability”.