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Premiê da Grécia rejeita proposta "absurda" de credores

Oferta inclui medidas de austeridade, como aumento de impostos, privatizações e reformas previdenciárias

5 jun 2015 - 18h29

O governo da Grécia rejeitou uma proposta "absurda" e "irreal" de seus credores e espera que ela seja retirada, disse o primeiro-ministro do país, Alexis Tsipras, nesta sexta-feira (5), pedindo que credores aceitem uma proposta de Atenas.

Alexis Tsipras pediu que credores aceitem termos do governo grego
Alexis Tsipras pediu que credores aceitem termos do governo grego
Foto: Alkis Konstantinidis / Reuters

Os credores ofereceram a Tsipras uma proposta austera de compromisso que liberaria auxílio financeiro ao país, mas incluía uma série de medidas às quais o premiê se opôs nesta semana, como aumentos de impostos, privatizações e reformas previdenciárias, rapidamente provocando indignação entre membros de seu partido, o esquerdista Syriza.

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Em um discurso intransigente ao Parlamento, Tsipras disse que a proposta de Atenas feita nesta semana é a única base realista para um acordo e acusou a Europa de não entender que parlamentares gregos não podem votar a favor de mais austeridade. "As propostas enviadas pelos credores são irreais", disse Tsipras, acrescentando que a oferta não leva em conta o terreno comum encontrado entre os dois lados durante os meses de negociação. "O governo grego não pode consentir com propostas absurdas", acrescentou.

No que parecia ser uma ameaça contra credores, sugerindo que a Grécia está preparada para agir unilateralmente se suas demandas não forem atendidas, Tsipras disse que o governo vai legislar a restauração de direitos de barganha coletivos para trabalhadores gregos - manobra à qual os credores se opõem.

Ainda assim, Tsipras disse estar confiante de que a Grécia está mais perto de um acordo do que nunca, e afirmou que a proposta grega levou em conta as necessidades dos credores. "O tempo não está acabando apenas para nós, está acabando para todos os outros também", disse ele.

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