A presidente da Caixa, Rita Serrano, é alvo de pressão para demitir altos executivos que participaram da gestão de Pedro Guimarães, bolsonarista que caiu após ser alvo de denúncias de assédio sexual e moral.
Segundo apurou a reportagem, o vice-presidente de Rede de Varejo, Julio Volpp, ainda está na mira, em clima de "caça às bruxas", por aparecer ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro em um vídeo que circula em grupos de WhatsApp.
Serrano resiste a demiti-lo, mas já cedeu à pressão em outros dois casos e informou aos vice-presidentes de Negócios de Varejo, Thays Cintra, e de Agente Operador, Edilson Carrogi, que os dois terão de deixar os cargos em maio.
Um vídeo ao qual o Estadão/Broadcast teve acesso mostra Volpp e Carrogi em meio a uma multidão que tentava cumprimentar Bolsonaro em um evento do banco no primeiro semestre de 2019. Era o Nação Caixa, primeiro evento com todos os gestores do governo Bolsonaro.
De acordo com fontes do banco, Rita Serrano resiste a instalar uma perseguição política dentro da Caixa, justamente por entender que isso seria repetir práticas adotadas na gestão de Pedro Guimarães.
Procurada, a Caixa disse que não vai comentar o tema e ressaltou que alterações na composição da diretoria do banco são realizadas por meio de comunicados ao mercado.