O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15, prévia da inflação oficial, subiu menos que o esperado em novembro, beneficiado pelo ritmo menor na alta dos preços de alimentos e habitação e que o levou de volta para abaixo do teto da meta.
O IPCA-15 subiu 0,38% em novembro, depois da alta de 0,48% no mês anterior, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira.
No acumulado em 12 meses, subiu 6,42%, depois de ter chegado a 6,62% em meados de outubro e ficar acima do limite da meta do governo, de 4,5% pelo IPCA, com tolerância de 2 pontos percentuais para mais ou menos.
Pesquisa Reuters com analistas mostrou que a expectativa era de alta mensal de 0,48% e de 6,54% no acumulado em 12 meses. A variação mensal do IPCA-15 ficou abaixo da menor projeção da pesquisa, de 0,41%.
Embora tenham desacelerado, e contribuído para a alta menor do índice, os preços dos alimentos tiveram o maior impacto na alta no mês, com 0,14 ponto percentual. Carnes e frutas foram os destaques do grupo.
Também tiveram impacto importante na alta do IPCA-15 de novembro energia elétrica, aluguel e gasolina. Esta última teve aumento anunciado no começo do mês pela Petrobras, após o segundo turno da eleição que reelegeu a presidente Dilma Rousseff.
O Banco Central, que corre o risco de descumprir a meta de inflação neste ano pela primeira vez em uma década, subiu os juros em sua última reunião de política monetária no final do mês passado e deve repetir a dose nos próximos meses.
Agora, a Selic está em 11,25% ao ano e, pesquisa Focus do BC com economistas mostra que, pela mediana, a taxa básica de juros deve ir a 11,50% até o final deste ano e a 12% no de 2015.