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Prévia da Inflação desacelera em julho, para 0,17%, diz IBGE

Apesar da desaceleração, IPCA-15 estoura teto da meta em 12 meses

22 jul 2014 - 10h17

A prévia da inflação oficial no País desacelerou em julho, com alta de 0,17% sobre o mês anterior, beneficiada pelos preços de transportes e alimentos, mas em 12 meses estourou o teto da meta do governo ainda que abaixo do esperado.

Foto: Bruno Domingos / Reuters

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) acumulou em julho alta de 6,51% em 12 meses, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira, abaixo do esperado pelo mercado.

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As medianas das expectativas em pesquisa da Reuters apontavam alta de 0,20% na base mensal e de 6,55% em 12 meses.

Em junho, o indicador havia mostrado alta de 0,47%, acumulando em 12 meses avanço de 6,4%. A meta do governo é de 4,5% pelo IPCA, com margem de 2 pontos percentuais para mais ou menos. Este mesmo IPCA que baliza a meta de inflação acumulou em 12 meses até junho alta de 6,52%.

A última vez em que a inflação superou o teto da meta ao final do ano e que o BC teve de publicar uma carta aberta foi em 2003, no primeiro ano do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, quando a alta do IPCA foi de 9,3%.

Em 6,51%, no entanto, o Banco Central ainda não teria de dar explicações por meio de carta aberta porque adota a metodologia da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) para eventualmente arredondar a segunda casa do IPCA após a vírgula.

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Alimentos e transportes

Os principais responsáveis pelo resultado de julho do IPCA-15 foram os grupos Transportes e Alimentação e Bebidas. O primeiro, segundo o IBGE, recuou 0,85% em julho após alta de 0,50% no mês anterior, com impacto negativo de 0,16 ponto percentual no índice do mês.

Já Alimentação e Bebidas registrou variação negativa de 0,03 por cento, sobre alta de 0,21 por cento em junho, com impacto negativo de 0,01 ponto percentual.

Para tentar segurar a inflação, o Banco Central elevou a Selic para o atual patamar de 11% durante um ciclo de aperto monetário que durou um ano.A maioria dos agentes econômicos não espera que o BC mude a Selic neste ano, mas acredita que irá elevá-la novamente em 2015. Segundo pesquisa Focus do BC com economistas, a Selic deve ir a 12% no próximo ano.

Inflação alta e crescimento baixo vêm abalando a confiança em geral no ano em que a presidente Dilma Rousseff busca a reeleição. A perspectiva para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no Focus foi reduzida nesta semana para abaixo de 1%.

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