O IBGE divulgou o Indíce de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), com aumento de 0,44% em maio. Produtos relacionados a saúde e cuidados pessoais e a transportes puxaram a alta de preços e a capital que registrou maior prévia da inflação foi Salvador.
O IBGE divulgou nesta terça-feira, 28, os resultados do Indíce de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que traz uma prévia da inflação para o mês vigente. Em maio, produtos relacionados a saúde e cuidados pessoais e a transportes devem puxar a alta de preços.
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O IPCA-15 aponta que, no geral, os preços subiram 0,44% em maio - valor acima do registrado em abril, quando a prévia da inflação foi 0,21%, mas menor do que o registrado em maio do ano passado, quando ficou em 0,51%. No acumulado de 12 meses, o IPCA-15 tem alta de 3,70%, e de janeiro até agora, de 2,12%.
O que está mais caro?
- O grupo Saúde e cuidados pessoais foi o que apresentou maior aumento (1,07%), puxado, principalmente, pelos produtos farmacêuticos, que tiveram uma alta geral de 2,06% nos preços após a autorização do reajuste de ate 4,50% nos preços dos medicamentos, ocorrida em 31 de março. Ainda no mesmo grupo, o preço do perfume teve aumento significativo, de 1,98%.
- No grupo de Transportes, que aparece logo em seguida com a mais alta (0,77%), a gasolina foi o destaque, com aumento de 1,90%, e as passagens aéreas que subiram 6,04%. Como a gasolina impacta uma parcela maior da população, o seu aumento de preço também tem um peso maior sobre o IPCA-15 total, sendo destacado pelo IBGE como um dos itens que puxaram a prévia da inflação.
- Com relação aos Alimentos e bebidas, a cebola foi o que teve maior aumento (16,06%), seguido pelo café moído (2,78%). Nas quedas, o feijão carioca foi o destaque (-5,36%), seguido pelas frutas (-1,89%) e arroz (-1,25%).
A capital que registrou maior prévia da inflação em maio foi Salvador, com aumento de 0,87% nos preços, em geral. Ainda assim, no acumulado de 12 meses, são as cidades de Belo Horizonte e Belém que lideram o IPCA-15, ambas com aumento de 4,51% no indíce de preços.
Neste mês, o Rio de Janeiro foi a capital com menor prévia da inflação, tendo um aumento de 0,15% no indíce de preços.
Coleta no Rio Grande do Sul
Por causa da situação de calamidade pública na região metropolitana de Porto Alegre, o IBGE informou que a área de abrangência da pesquisa, a coleta de preços na modalidade remota foi intensificada, permanecendo, também, a coleta em modo presencial quando possível.
Em maio, aproximadamente 30% da coleta foi realizada durante a situação emergencial de modo remoto, por telefone ou internet, em vez do modo presencial. Cabe informar que o calendário de coleta do mês de maio iniciou em 16/04 e finalizou em 15/05, e a coleta remota de preços foi intensificada a partir do dia 06/05, quando aproximadamente 70% dos preços já tinham sido coletados. Ainda assim, nem todos os subitens puderam ser coletados por telefone ou pela internet, como foi o caso de alguns subitens do item hortaliças e verduras. Nos casos de ausência de preços foi realizada a imputação dos dados.