A economia brasileira começou o ano em retração. O Índice de Atividade Econômica (IBC-BR) do Banco Central, considerado a "prévia" do Produto Interno Bruto (PIB), registrou recuo de 0,04% em janeiro na série com ajuste sazonal (uma espécie de "compensação" para comparar períodos diferentes)
Em dezembro, o avanço havia sido de 0,47% (dado atualizado hoje), resultado que interrompeu uma sequência de quatro quedas mensais consecutivas, de agosto a novembro.
De dezembro para janeiro, o índice de atividade calculado pelo BC passou de 142,34 pontos para 142,28 pontos na série dessazonalizada. Olhando para trás, esse é o menor patamar apenas desde novembro (141,67 pontos), conforme a série histórica iniciada em 2003.
O resultado veio dentro do intervalo de estimativas do mercado financeiro coletadas pelo Projeções Broadcast/Estadão, que ia de queda de 1,70% a alta de 0,70%, mas melhor do que a mediana negativa de 0,30%.
Na comparação entre os meses de janeiro de 2023 e de 2022, houve crescimento de 3,03% na série sem ajustes sazonais. Esta série registrou 135,53 pontos no primeiro mês do ano, o melhor desempenho para o período desde 2015 (138,73 pontos).
Em doze meses até janeiro, o IBC-Br apresentou crescimento de 3%. Nesse caso, o índice foi calculado sem ajuste sazonal.
Conhecido como uma espécie de "prévia do BC" para o Produto Interno Bruto (PIB), o IBC-Br serve mais precisamente como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses. A projeção atual do BC para a atividade doméstica em 2023 é de crescimento de 1,2%, conforme o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de março.