O Procon de São Paulo notificou a Enel, concessionária de distribuição de energia elétrica, pela interrupção prolongada dos serviços após forte temporal na capital e na região metropolitana de São Paulo na terça-feira, 7.
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A medida é o primeiro passo de uma ação de fiscalização, que pode resultar em sanções como multa. Cerca de 650 mil clientes chegaram a ficar sem luz, sendo 150 mil por tempo prolongado.
A Enel é responsável pela distribuição de energia elétrica em mais de 20 cidades da região metropolitana de São Paulo, incluindo a capital. Desde novembro de 2023, a Enel foi notificada pelo órgão quatro vezes.
Segundo o Procon, a situação se repete a cada chuva, sem que sejam percebidas ações efetivas para a redução dos problemas, como a diminuição do prazo para restabelecimento do fornecimento de energia elétrica aos consumidores atingidos.
Na notificação feita à Enel, o Procon-SP pede esclarecimentos detalhados da área e do número de consumidores impactados; sobre as providências adotadas para a retomada do serviço e como a informação foi passada aos consumidores.
O órgão pediu, também, informações sobre a política de compensações aos consumidores que permaneceram muitas horas sem energia em suas residências e comércios. A Enel tem prazo de sete dias para enviar os esclarecimentos ao Procon.
Em nota enviada ao Terra, a Enel informou que aprimorou seu plano de contingência para reduzir os impactos aos clientes em caso de contingências climáticas.
"O plano de ação da companhia inclui o reforço das equipes em campo, de acordo com a previsão meteorológica, a contratação de mais eletricistas próprios, o aumento da disponibilidade da frota de geradores, a ampliação da capacidade nos canais de atendimento, dentre outras medidas. A distribuidora também intensificou ao longo do ano as manutenções preventivas e de forma colaborativa dobrou o número de podas de galhos próximos à rede elétrica, ultrapassando a marca das 600 mil", afirmou.