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PPSA posterga pico de produção de petróleo da União para 2030 após atrasos

5 dez 2024 - 09h51
(atualizado às 12h27)

A estatal PPSA postergou a estimativa de pico da produção de petróleo da União no pré-sal para 2030, versus 2029, diante de atrasos no início da operação de plataformas e aumento de custos, afirmou a presidente interina, Tabita Loureiro, em apresentação durante evento da empresa nesta quinta-feira.

Em sua nova projeção, a PPSA prevê que a produção diária de petróleo da União deverá alcançará o pico de 543 mil bpd em 2030, ante 138 mil bpd estimados para 2025.

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Antes, a PPSA previa que um pico de 564 mil bpd fosse atingido em 2029, antes da produção da União no pré-sal começar a declinar.

Dentre os aumentos de custos, Loureiro citou reajustes contratuais na construção e montagem de plataformas do tipo FPSO, elevação das taxas diárias das sondas e aumento geral de custos de investimento nos contratos de subsea.

"A curva da União sofre muitas influencias, (principalmente) custos e preço do petróleo", disse Loureiro, durante apresentação.

ARRECADAÇÃO

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Já do lado da arrecadação, a PPSA prevê obter mais de 500 bilhões de reais com a comercialização das parcelas de petróleo e gás da União em 19 contratos de partilha e nos acordos de individualização da produção de Mero, Atapu e Tupi no próximo decênio.

Considerando ainda os valores a serem pagos com royalties e tributos, a arrecadação total para os cofres públicos com estes contratos pode superar 1 trilhão de reais.

Além dos valores arrecadados para a União, a PPSA calcula investimentos de 53 bilhões de dólares entre 2025 e 2029, pelos concessionários dos contratos de partilha.

PRODUÇÃO EM CONTRATOS DE PARTILHA

A produção total de petróleo nos contratos de partilha de produção no Brasil, por sua vez, alcançará o pico de 2,15 milhões de barris por dia (bpd) em 2030, considerando apenas as áreas com declaração de comercialidade, versus 1,27 milhão de bpd em 2025, segundo dados da PPSA.

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Após 2030, segundo as projeções, se não houver novos contratos, a produção entrará em declínio gradualmente.

Considerando o cenário mais provável mapeado pela PPSA, estima-se que de 2025 até 2034 os contratos de partilha terão uma produção acumulada de 6,6 bilhões de barris de petróleo. Desse total, a parcela acumulada da União será de 1,4 bilhão de barris.

Já no gás natural, no mesmo período, os contratos terão uma produção acumulada de 48,5 bilhões de metros cúbicos (m³) de gás natural, segundo a PPSA, sendo que a parcela acumulada da União será de 7,7 bilhões de m³.

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