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Produção industrial cai 0,5% em março, diz IBGE

Na comparação anual, resultado apresentou queda de 0,9%

7 mai 2014 - 10h11
(atualizado às 10h15)

A produção industrial brasileira recuou 0,5% em março, resultado melhor que o esperado mas que também mostrou que os investimentos no setor perderam força no final do trimestre passado.

Um funcionário verifica tubos de cobre em uma companhia metalúrgica em São Paulo. A utilização da capacidade instalada na indústria brasileira ficou em 82,7 por cento em janeiro, com dados dessazonalizados, maior em relação a dezembro (82,1 por cento), informou nesta terça-feira a Confederação Nacional da Indústria (CNI). 20/04/2012
Um funcionário verifica tubos de cobre em uma companhia metalúrgica em São Paulo. A utilização da capacidade instalada na indústria brasileira ficou em 82,7 por cento em janeiro, com dados dessazonalizados, maior em relação a dezembro (82,1 por cento), informou nesta terça-feira a Confederação Nacional da Indústria (CNI). 20/04/2012
Foto: Nacho Doce / Reuters

Sobre um ano antes, a produção industrial recuou 0,9% em março, acumulando no primeiro trimestre do ano avanço de 0,4%, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira.

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Ambos os resultados foram melhores do que o esperado em pesquisa Reuters, cujas medianas apontavam queda de 2,45% na base mensal e recuo de 3% na anual.

A partir dessa divulgação, o indicador do IBGE foi aperfeiçoado, com mudanças nas ponderações e na cesta de produtos, o que levou a uma atualização da série histórica.

Para fevereiro, o resultado da produção passou a estável sobre o mês anterior, após alta 0,4% informada anteriormente. O último mês em que houve queda mensal foi dezembro, de 3,4%.

"A série é nova, com maior abrangência. A leitura da indústria continua a mesma: um setor que enfrenta barreiras para crescer devido a endividamento das famílias, juros mais altos, maior presença de importados e maior comprometimento da renda", disse o economista do IBGE, Andre Macedo.

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"Em resumo, as taxas mudam mas o norte da indústria se mantêm", acrescentou ele.

O desempenho de março do setor foi influenciado sobretudo pelo segmento de Bens de Capital, medida de investimento, com recuo de 3,6% ante fevereiro e de 8,4% sobre o ano anterior.

Entre os ramos de atividade, o IBGE informou ainda que 14 dos 24 pesquisados tiveram queda mensal em março, com destaque para veículos automotores, reboques e carrocerias (-2,9%) e máquinas e equipamentos (-5,3%).

A indústria brasileira vem passando por momentos difíceis, com altos e baixos, sem demonstrar recuperação mais consistente e refletindo na confiança.

O Índice de Confiança da Indústria da Fundação Getulio Vargas (FGV) teve queda tanto em março quanto em abril. Já o Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) aponta que a indústria voltou a encolher em abril, após quatro meses seguidos de expansão.

Na pesquisa Focus do Banco Central, a expectativa de economistas é que a indústria tenha expansão de 1,21% em 2014, abaixo da economia como um todo para o período, com crescimento de 1,63%.

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