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Produção industrial da China fica abaixo da expectativa e frustra esperança de recuperação

15 ago 2024 - 07h58

A produção industrial da China desacelerou pelo terceiro mês consecutivo em julho, mostrando que a recuperação da segunda maior economia do mundo está perdendo força, embora o setor de consumo tenha se animado um pouco com a entrada em vigor de um estímulo direcionado às famílias.

Operários trabalham em linha de produção de rolos de alumínio em Zouping, na província chinesa de Shandong
23/11/2019 REUTERS/Stringer
Operários trabalham em linha de produção de rolos de alumínio em Zouping, na província chinesa de Shandong 23/11/2019 REUTERS/Stringer
Foto: Reuters

Um lote misto de dados nesta quinta-feira apontou para um início irregular do segundo semestre para a economia de 19 trilhões de dólares e forneceu às autoridades novos motivos para preocupação, depois dos números desanimadores de exportação, preços e empréstimos bancários neste mês.

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Dados do Escritório Nacional de Estatísticas mostraram que a produção industrial cresceu 5,1% em relação ao ano anterior, desacelerando em relação ao ritmo de 5,3% registrado em junho e abaixo das previsões dos analistas de um aumento de 5,2%.

Em contrapartida, as vendas no varejo subiram 2,7% em julho, acelerando em relação à alta de 2,0% em junho e superando as expectativas de crescimento de 2,6%.

De modo geral, analistas afirmam que os dados aumentam a urgência para que as autoridades implementem mais medidas de apoio voltadas para os consumidores, em vez de despejar recursos em infraestrutura.

"A dinâmica econômica parece ter se estabilizado um pouco no mês passado, com um aumento nos gastos dos consumidores e na atividade de serviços compensando amplamente a desaceleração nos investimentos e na produção industrial", disse Julian Evans-Pritchard, chefe de economia para a China na Capital Economics.

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"Com o governo aumentando o apoio, acreditamos que uma recuperação modesta poderá se consolidar nos próximos meses."

No mês passado, os líderes chineses sinalizaram que dariam mais atenção a uma nova abordagem econômica e concentrariam o estímulo nos consumidores em vez de na infraestrutura e na produção.

Também no mês passado, o planejador estatal disse que cerca de 150 bilhões de iuanes (20,97 bilhões de dólares) arrecadados por meio de emissão especial de dívida este ano subsidiariam um programa de troca de bens de consumo.

Analistas têm recebido bem o apoio direcionado aos gastos do consumidor, mas alertam que outras alavancas políticas precisarão ser acionadas para colocar a economia em um patamar equilibrado.

Os apelos por mais medidas de estímulo ao crescimento têm atormentado as autoridades desde que uma recuperação pós-pandemia amplamente esperada não se concretizou em 2022.

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Embora o governo chinês ainda tenha como meta um crescimento de cerca de 5% este ano, analistas estão preocupados que o país tenha entrado em um mal-estar econômico prolongado semelhante ao do Japão na década de 1990.

Isso sugere que reformas mais ousadas podem ser necessárias para reavivar o crescimento.

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