Assim como várias instituições financeiras e organismos internacionais, a equipe econômica revisou para baixo a estimativa para o Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas no país) em 2015. Segundo o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), entregue ao Congresso Nacional nesta quarta-feira, o governo prevê contração de 0,9% da atividade econômica neste ano.
A proposta também atualizou as estimativas para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), usado como inflação oficial, para este ano. O Ministério da Fazenda prevê que o índice encerrará 2015 em 8,2%, acima do teto da meta, de 6,5%.
Para o próximo ano, no entanto, a proposta da LDO prevê que a economia crescerá 1,3% e, de acordo com a média de projeções do mercado, a inflação ficará em 5,6% em 2016.
Em relação ao superávit primário (economia de recursos para pagar os juros da dívida pública), o projeto da LDO manteve as previsões de esforço fiscal de 1,2% do PIB em 2015 e de 2% em 2016. No próximo ano, o superávit somará R$ 126,73 bilhões, dos quais R$ 104,55 bilhões correspondem à União e R$ 22,18 bilhões aos estados e municípios.
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No documento, o governo informou ainda que o valor do salário mínimo a vigorar a partir de janeiro próximo será de R$ 854.
Com a definição do alvo fiscal para 2016, a dívida líquida foi calculada em 34,9% do PIB, enquanto a dívida bruta foi estimada em 61,9% do PIB.
Ontem (14), o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, tinha informado que as projeções da equipe econômica haviam incorporado as estimativas do mercado financeiro. Os números estão próximos às previsões das instituições financeiras. Segundo a última edição do Boletim Focus, pesquisa semanal com economistas de mercado divulgada pelo Banco Central, as instituições estimam retração de 1,01% do PIB em 2015 e crescimento de 1% em 2016.
Com informações da Reuters e Agência Brasil.