A Província de Trento, na Itália, oferece incentivos financeiros para a renovação de casas abandonadas, com regras para impulsionar a economia local e evitar especulação imobiliária.
A Província de Trento, também conhecida como Trentino, na Itália, está oferecendo € 100.000 (cerca de R$ 624.000, na conversão atual) para que residentes do país ou italianos que estão vivendo no exterior renovem uma das muitas casas abandonadas na região. O valor, porém, só será mantido caso o interessado no acordo viva no local por pelo menos 10 anos ou alugue a propriedade por esse período de tempo.
Apesar da região ter atrativos turísticos, as 33 cidades que estão sendo consideradas para este projeto estão à beira da extinção, com o número de casas vazias e abandonadas superando as habitadas, segundo a CNN internacional.
Já há alguns anos, cidades italianas tentam conter o despovoamento de vilas e aldeias. Trentino decidiu alocar € 10 milhões (R$ 64 milhões) para serem usados nos próximos dois anos no incentivo à compra e reforma de casas existentes. Assim, a província busca estimular a economia local, movimentando o mercado de construção.
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Algumas outras regras foram estabelecidas para o projeto, como uma restrição no valor da reforma, impedindo que o novo proprietário gaste muito mais do que foi dado pelo governo e, assim, crie uma propriedade que não esteja de acordo com as outras construções locais. O programa também não permite que uma mesma pessoa adquira mais de três propriedades com o incentivo, mantendo o objetivo de que não sejam criadas vilas enormes na região.
Além disso, pessoas com menos de 45 anos que já moram na região são proibidas de se candidatar ao programa. A regra visa proibir proprietários com filhos de se candidatarem para consertar as casas em que estão morando. O projeto é estritamente voltado para casas abandonadas que muitas vezes são perigosas para propriedades vizinhas.
O incentivo dado aos novos moradores se divide em um valor para a reforma e um valor para a compra da propriedade. Não há limite para o preço de compra, mas o subsídio de € 20.000 foi projetado para cobrir entre 35-40% da despesa total.
A exigência de que o novo proprietário viva por pelo menos 10 anos na região ou alugue a casa por esse período visa desincentivar os aluguéis de curto prazo, populares próximo as estações de esqui e banhos termais que existem na província.