Seja qual for o resultado das eleições neste domingo, o futuro presidente terá de lidar com desafios em várias áreas. Estes são alguns dos principais desafios do próximo governo em economia.
1. Colocar Auxílio e reajuste salarial no orçamento
Ambos os candidatos falam em manter o Auxílio Brasil, mas o orçamento previsto para o próximo ano não prevê a manutenção do valor do Auxílio em R$ 600. Além disso, a reserva destinada para o reajuste dos servidores públicos do Executivo só permite a concessão de uma correção de 4,8%, valor menor do que a inflação prevista.
2. Reforma tributária
Uma reforma tributária já é um assunto antigo e visto como necessário por especialistas. Uma proposta do governo atual já foi enviada ao Congresso e prevê aumentar a isenção do imposto de renda para quem recebe até R$ 2,5 mil.
A proposta do ex-presidente Lula prevê isenção fiscal para quem recebe até R$ 5 mil.
3. Retomada da atividade econômica
A atividade econômica, medida pelo Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) teve queda maior do que o esperado em agosto. Após cair drasticamente em 2020, no período mais alto da pandemia de Covid, o índice vinha demonstrando recuperação com oscilações em 2022.
Para o ex-diretor do Banco Central, Fabio Kanczuk, a alta de juros já impacta a atividade econômica, conforme entrevista ao Estadão. O economista também não vê motivos para a previsão de redução da inflação prevista pelo Focus para o próximo ano.
4. Fome e insegurança alimentar
No Brasil, 15% da população, ou 33,1 milhões de pessoas, não têm o que comer, segundo o 2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia de Covid-19, lançado em 2022.
O estudo realizado pela Oxfam apresentou os piores resultados sobre a fome desde a década de 1090. A pesquisa também mostra que 58,7% dos brasileiros convivem com algum grau de insegurança alimentar (leve, moderado ou grave).